Ele a levou discretamente para um elevador, onde entraram e pararam em uma garagem subterrânea. Aurora agora sentia o pé com mais intensidade e o aperto do homem pareceu machucar ainda mais as suas costelas.
Logo chegaram a uma vã preta onde Aurora foi impelida a entrar. O homem acendeu a luz e observou o pé dela.
- Acho que precisará imobilizar isso aí. - ele falou, mas Aurora não estava preocupada com isso no momento.
- Quem é você? - perguntou com frieza. - Por que me trouxe aqui?
- Apenas pensei que estava em apuros. É impressão minha ou tinha pelo menos cinco homens enormes correndo atrás de você?
- Não é da sua conta. - Aurora resmungou. - Quem garante que você não é um deles?
- Eu não sou. - O homem falou com firmeza, como se ela o estivesse acusando de algo hediondo. - Vou te levar a um hospital. É melhor cuidar desse tornozelo.
- Obrigada. - Aurora falou e se arrumou no banco como podia.
O homem saiu da van, a fechou e entrou novamente pela porta do motorista. Aurora não viu quando ele mandou uma mensagem no celular e somente depois ligou o carro e saiu.
Aurora teve alguns minutos de descanso. Foi somente quando viu para qual hospital estava sendo levada, que ela se pronunciou:
- Não, esse hospital é muito caro, eu... - Aurora sentiu o coração bater mais rápido, a dor em suas costelas aumentaram, mas ainda assim ela disse, em tom mais desesperador do que pretendia:
- Está devendo despesas médicas? - O homem perguntou, curioso.
Aurora quase se sentiu ofendida, mas assentiu.
- É... Minha mãe precisou de uma cirurgia. Ela morreu e eu tive que optar em pagar o hospital ou a funerária. Só me leva para outro hospital, ok? - Mentiu.
- Não se preocupe, falarei com um amigo que é médico e ele te atenderá pessoalmente, só para dar uma olhada. Não vamos nem entrar, ok?
Aurora não teve outra opção a não ser concordar. Ela até cogitou a possibilidade de fugir, mas seu pé estava muito inchado e não iria muito longe de qualquer maneira. A única coisa que restou foi rezar para que o conhecido de seu salvador não fosse ninguém relacionado a Hunter.
A boa notícia era que não, não era ninguém relacionando a ele, a má notícia era que infelizmente o próprio Hunter era o médico conhecido do seu salvador.
- Ah, droga! - Aurora resmungou e tentou se levantar. - Ai!
- Aurora! - Hunter abriu a porta da van e notou o seu estado deplorável. - O que aconteceu com você, foi atropelada por um caminhão ou algo
- Havia um grupo de gangsters atrás dela. Foi pura sorte eu a ter encontrado.
Hunter franziu a testa para o homem. Aurora revirou os olhos.
- Onde ela estava? - O médico perguntou, sua voz ficando mais séria e grave.
- No aeroporto. Por falar nisso, onde está sua bagagem? - O homem perguntou para Aurora, interessado.
Hunter a observou com olhos frios esperando pela resposta.
- Era uma viagem rápida, eu não tinha bagagem. - Aurora respondeu. - Ai! - Resmungou quando Hunter pegou em seu pé.
- Teremos que engessar. Dói em mais algum lugar?
- Não. - Aurora mentiu, mas quando o noivo a puxou, lágrimas desceram em seu rosto devido à fratura em sua costela.
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Contrato duplo
RomanceAurora assina um contrato de casamento sem saber ao ganhar um carro de luxo de presente. Sem alternativa, ela foge de seu noivo para tentar viver sua vida sem barreiras e com seu verdadeiro amor. Hunter precisa se casar para gerar um herdeiro, mas q...