20 - ferido

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Hunter conseguiu, em meio à dor, tirà-los dali e ir para casa, onde se jogou no sofá, e, ainda ofegante, pediu:

— Pode pegar a maleta de primeiros socorros?

— Você tem uma bala alojada no ombro. Precisa de um médico — Aurora falou.

— Desculpe decepcionar, querida, mas ninguém entra e ninguém sai dessa propriedade enquanto todos aqueles canalhas não estiverem mortos.

Aurora emcolheu um pouco diante da brutalidade de Hunter. Ele estava com muita raiva de ter sido pedo desprevenido. Seus homens eram para fazer a segurança dele e de sua esposa, mas mais uma vez havia sido traído por alguém.

— Não tenha medo de mim, droga! — ele gritou, levantou e foi pegar a maleta na gaveta. 

— Deixe eu ajudar — Aurora disse, com a voz trêmula, mas duas mãos eram firmes e precisas.

Hunter não fez objeção. Aurora pegou o álcool, desinfectou o ferimento, então pegou uma pinça, ignorando os grunhidos de dor e tirou o projétil com eficiência. 

— Obrigado — Hunter falou, com o tom mais agradável.

— Sou eu quem agradeço por salvar a minha vida. 

— O que?

— Não é nada. Enfaixe isso aí, tome um antibiótico e descanse. Eu... Vou tentar fazer o mesmo. 

Aurora saiu da sala, mas não foi em direção ao quarto e sim para a cozinha. Hunter não estava em seu melhor momento e sabia que, naquele instante, o que ela mais queria, era ficar longe dele. Longe do mostro impiedoso, monstro esse que a salvou, mas a que custo?

...

James correu pelo beco, seu coração disparado, os olhos fixos na figura familiar à sua frente: Megan. Depois de dois meses procurando, ela estava ali, acompanhada por Cristopher. Sem pensar, James avançou, o alívio por vê-la bem, invadindo seu corpo.

— Megan! — ele gritou, sua voz ecoando entre os prédios. 

Megan virou-se, surpresa pintando seu rosto, mas antes que pudesse responder, Cristopher a segurou com mais força.

— Vamos!

— Eu acho que não! — Matt saiu detrás de um container, apontando uma arma semiautomática para o casal. — Solte-a!

— Matt! — Megan o olhou assustada.

— Olá, Meg, como você está?

— Quem é você? Saia do caminho! — ralhou Christopher, mas James disse atrás dele:

— Ele está comigo. Você sabe porque estamos aqui.

— Nem fudendo! Ela só sai daqui por cima do meu cadáver!

— Não seja por isso!

O soco de James foi brutal. Cristopher bateu na parede ao mesmo tempo que Matt puxou Megan para trás. James bateu de novo no rosto de Cristopher, mas dessa vez, o irmão revidou. 

James foi acertado no estômago e depois no rosto, caindo no chão. Christopher partiu para cima dele, mas o loiro desviou, derrubando-o e ficando por cima, acertando socos em seu rosto. Christopher então o jogou longe com um chute e partiu para cima. James revidou e começou a enforcá-lo.

Megan ficou nervosa, gritou algumas vezes para pararem e pediu a Matt para fazer alguma coisa, mas segundo ele, dois contra um era covardia. Foi então que ela sacou a arma.

— Chega! — Megan gritou, apontando a pistola para o ar. O barulho do tiro ecoou, fazendo os dois irmãos congelarem. — Deixem de ser infantis. Isso não vai resolver nada!

Contrato duploOnde histórias criam vida. Descubra agora