12. - despedida de solteiro

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Aurora desviou o olhar e não respondeu.

— Aurora. — Hunter chamou novamente quando a viu ficar um pouco pálida. — Você está bem?

— Eu já volto!

Aurora saiu correndo em direção ao banheiro. Hunter a observou confuso. O que diabos estava acontecendo? Ele ponderou ir atrás dela, mas decidiu esperar. Não muito tempo depois ela retornou com a pele mais corada que antes.

— Tudo bem? — ele perguntou arqueando a sobrancelha.

— Foi só a lagosta — Aurora reclamou. Não se preocupe.

Hunter se perguntou se ela havia comido lagosta e sushi na mesma noite, no entanto, a observou comer a fatia de pão com geleia e beber o suco, e estranhou.

— Aurora, você está bem?

— Na verdade, não muito, mas vou melhorar. E você, o que faz mesmo aqui?

— Vim para conversarmos sobre... você sabe.

Hunter bebeu um gole de café enquanto observava Aurora com desconfiança.

— Você leu o contrato? — Aurora perguntou. — Consegue entender por que não posso abrir mão do nosso casamento e de um filho seu?

— Fala como se ficar comigo fosse a pior coisa que te aconteceu.

— Você está enganado. Eu me apaixonar foi a pior coisa que aconteceu.

Hunter a observou por alguns segundos. Aquela, sim, era a Aurora que ele conhecia e a que ele aprendeu a gostar.

— Eu te entendo, Aurora, mas não posso me casar com você.

— É por causa do motivo da sua viagem, não é? — Aurora olhou em seus olhos e viu o brilho neles. — Está apaixonado por alguém, é isso?

— Eu não sei dizer — Hunter foi sincero.

— Eu não me importo — Aurora respondeu. São apenas dois anos, peça a ela para esperar, diga que não teremos nada, faça o que quiser, mas você precisa se casar comigo.

— Não quero viver num casamento sem amor.

Aurora paralisou. O que ela poderia fazer diante de tal declaração?

— E se eu te amasse o suficiente por nós dois? Se eu fosse a esposa perfeita, dentro e fora de casa? Consideraria?

— Ainda estaria considerando me deixar ao fim de dois anos — Hunter respondeu, sério. — Nesse caso seu amor seria um fingimento.

— Eu assino um acordo no qual só você pode pedir o divórcio. É isso o que quer?

— Você infernizaria nosso lar e a saúde mental do nosso filho para conseguir que eu pedisse o divórcio.

Aurora estava perdendo as esperanças. Não sabia mais o que dizer para convencê-lo. Ela fechou os olhos e sentiu uma lágrima rolar pelo seu rosto.

— Aurora.

— Peça! — ela disse, desesperada. — O que você quiser, eu lhe darei, Hunter. Apenas peça e será seu se reatar o nosso noivado.

Hunter ficou sem reação. Aurora estava se sacrificando pela irmã? Ele não tinha interesse em Meg, mesmo que o contrato de seu pai dissesse que tinha que casar com ela.

— Você não me ama, Aurora. Como poderia deitar ao meu lado todas as noites enquanto pensa que eu sou o homem que destruiu todos os seus sonhos? — ele perguntou gentilmente enquanto enxugava as lágrimas dela.

— Eu posso aprender seus gostos, suas preferências...

— Mesmo? Não enjoará de mim? O que vai fazer quando eu chegar em casa estressado depois de um dia exaustivo no trabalho e querer sexo? — Ele se aproximou do ouvido dela. — Gostaria de saber como eu gosto do sexo, Aurora?

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