Aurora olhou para James e para a irmã. Que diabos? Como ele poderia ter reconhecido ela assim?
— Olá James! Que bom te ver.
— Você está louca? — James trancou a porta e baixou a voz. — O que está fazendo aqui? Onde está Cristopher?
— Está em Moscou, claro. E o que acha que estou fazendo aqui? É o casamento da minha irmã. Agora você é quem não está muito bem, não é? De namorado a padrinho de casamento... Foi um tanto rebaixado, não é?
— Só não vou te responder à altura porque não tenho tempo. Você precisa ir embora e eu preciso levar Aurora para a igreja. — James a ajudou a arrumar a peruca, que deixava à mostra seu cabelo loiro, então abriu a porta, olhou o corredor e apontou para ela sair. — E vê se atende o telefone ou pelo menos responda as minhas mensagens.
Megan deu um beijo na irmã, mostrou o dedo do meio para James e saiu. James então deu espaço para Aurora sair e pegou o buquê antes de segui-la.
— Ela é uma má influência para você — ele resmungou.
— Se eu fosse como ela, hoje não estaria nessa situação.
— Se a sua mãe não tivesse metido vocês duas em encrenca, não estariam nessa situação — James chamou o elevador. — Aliás, como pensam em contornar a situação? A formatura dela é em dois meses, não?
— Convenci meu pai a deixá-la fazer medicina em Moscou. Ele não se importa com Megan, então enquanto ela estiver longe de casa, está tudo bem. Quando ela terminar a faculdade, então será a hora de contar a verdade. Ela já estará com a vida estabilizada e eu... Bem, você sabe. Então Leonard Smith poderá surtar e nos deserdar à vontade.
Eles saíram do elevador e foram para o carro em silêncio. O la Vouture desfilou graciosamente por Nova York até chegar na igreja, que estava lotada de pessoas influentes e jornalistas.
— Eu já volto — James falou e saiu.
Aurora estava magoada com ele. Desde a rejeição da noite passada o homem estava mais frio em relação a ela, que também não fez a menor questão de se entender com ele mais do que o necessário.
James não retornou, no entanto, seu pai abriu a porta do carro e lhe estendeu a mão.
— Onde está James? — Aurora perguntou.
— A tradição é o pai acompanhar a noiva, não o padrinho do noivo — Leonard sorriu. — Você está maravilhosa, filha. Estou muito orgulhoso de você.
Aurora não respondeu. Ainda sentia a dor da traição, e seu pai a tratava como se ela tivesse se casado por escolha própria.
— Sorria — Leonard a cutucou quando entraram na igreja.
Mas Aurora não conseguia sorrir de imediato. Ver Hunter no altar e James ao seu lado não lhe dava nenhuma sensação boa. Quando seu noivo lhe olhou nos olhos, ela sentiu vontade de chorar, mas se obrigou a olhar para os convidados e dar um sorriso mínimo.
Quando Leonard a entregou para o noivo, Hunter beijou sua mão e a encarou. Aquele olhar dizia tudo, ou ela pelo menos fingiria estar feliz ou ele diria não e acabaria com aquela farça. Então Aurora olhou para seu padrinho, a presença dele ali significava que sua irmã também estava assistindo o casamento e era por ela que a noiva estava ali.
Aurora então sorriu. O padre realizou toda a cerimônia e logo os votos chegaram.
— Eu, Hunter Johnson, prometo amá-la e respeitá-la, honrá-la e protegê-la até que a morte nos separe — ele colocou a aliança no dedo dela.
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Contrato duplo
Любовные романыAurora assina um contrato de casamento sem saber ao ganhar um carro de luxo de presente. Sem alternativa, ela foge de seu noivo para tentar viver sua vida sem barreiras e com seu verdadeiro amor. Hunter precisa se casar para gerar um herdeiro, mas q...