Aurora não podia mais esconder quem realmente era. Pegou a arma de Vicent antes de sair, engatilhando-a com mãos firmes. Movendo-se silenciosamente pelos corredores da casa, usou suas habilidades para imobilizar alguns dos atacantes, avançando com determinação até chegar ao ferro da casa.Ali, encontrou Matt, que a esperava, ferido.
— Vá agora! — disse ele, jogando a chave do carro para ela.
Aurora pegou a chave e hesitou por um momento.
— E você? — perguntou, preocupada.
— Eu vou ficar bem. Apenas vá! — Matt insistiu, segurando o ferimento no braço.
Ela sabia que não tinha tempo a perder. Com um último olhar de gratidão e desespero, Aurora correu para o carro. O peso de deixar seu amigo ferido nas mãos do inimigo era quase insuportável, mas ela sabia que precisava escapar. Entrou no carro e dirigiu sem rumo, enquanto processava o caos ao seu redor.
No porta-luvas, encontrou documentos e cartões que poderiam ser úteis. Decidiu dirigir para Jersey City, onde poderia se esconder e tentar estabelecer contato com seu pai ou alguém de confiança.
Ao chegar na cidade, entrou em um subúrbio tranquilo e alugou um quarto em uma pensão barata, um local que não chamasse a atenção. Sentada na cama, com o celular e o laptop deixado no carro, tentou repetidamente fazer conexão com Edwin ou seu pai, sem sucesso. Pensou em ligar para Megan, mas descartou a ideia, seria perigoso demais.
Exausta e frustrada, Aurora decidiu tomar um banho para clarear a mente. A água quente ajudou a aliviar a tensão muscular, mas sua mente continuava agitada. Quando saiu do banheiro, enrolada em uma toalha, ouviu uma movimentação estranha fora do quarto.
Seu corpo congelou momentaneamente. Com passos cuidadosos, aproximou-se da porta, tentando ouvir melhor. Através da fina divisória, podia ouvir vozes abafadas e passos rápidos. Seu coração acelerou, a adrenalina tomando conta novamente.
— Quem está aí? — murmurou para si mesma, pegando a arma que havia deixado na mesa de cabeceira.
Aproximando-se da porta, respirou fundo e abriu uma fresta. Viu sombras se movendo pelo corredor, e seu instinto lhe dizia que o perigo estava mais perto do que nunca.
Aurora precisava agir. Com a arma em mãos, procurou por uma saída de emergência. Seu olhar varreu o quarto até que seus olhos pousaram na pequena janela do banheiro. Sem perder tempo, correu para lá, abrindo-a com um esforço que fez suas mãos doerem. Espremeu-se pela abertura estreita, sentindo o metal frio arranhar sua pele, mas conseguiu sair.
Do lado de fora, pulou para o beco atrás da pensão, o ar noturno batendo em seu rosto. Correu o mais rápido que pôde, cada batida de seu coração ecoando em seus ouvidos. Estava quase segura quando uma tontura súbita a atingiu. Sua visão começou a ficar turva, e ela se esforçou para manter o equilíbrio.
— Não agora... — murmurou para si mesma, tentando continuar.
Mas a tontura foi forte demais. Aurora sentiu-se cambalear e, antes que pudesse reagir, mãos firmes a agarraram por trás. Seu corpo foi puxado para trás com força, e ela tentou lutar, mas a escuridão tomou conta rapidamente. A última coisa que viu foi a sombra de seu captor se fechando sobre ela antes que tudo ficasse completamente escuro.
...
Aurora acordou em um lugar completamente estranho. As luzes estavam fracas, e o ambiente parecia ainda mais macabro na penumbra. Suas mãos e pés estavam amarrados a uma cadeira, e por mais que tentasse se soltar, seus esforços eram em vão. Ela sabia que havia sido capturada pelos inimigos de seu pai e que provavelmente pagaria pelo preço de um crime que não cometeu.
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Contrato duplo
RomanceAurora assina um contrato de casamento sem saber ao ganhar um carro de luxo de presente. Sem alternativa, ela foge de seu noivo para tentar viver sua vida sem barreiras e com seu verdadeiro amor. Hunter precisa se casar para gerar um herdeiro, mas q...