A viagem de Filadélfia até Dallas prometia ser repleta de desafios e emoções que se estenderia por, no mínimo, 15 horas. Hunter sabia que precisaria reunir sua equipe e fazer todos os preparativos necessários antes de partir rumo ao encontro do homem audacioso que ousara tocar em sua noiva.
Antes de colocar o pé na estrada, fez algumas ligações cruciais, entre elas uma que se revelou particularmente importante: entrou em contato com seu investigador de confiança e compartilhou com ele todos os detalhes chocantes que havia presenciado nas imagens, uma descoberta totalmente incoerente com tudo o que havia sido desvendado sobre Aurora ao longo de meses de investigação.
— Eu quero saber absolutamente tudo sobre ela. Desde suas primeiras ações ao acordar até o último suspiro antes de dormir, a partir do último ano do ensino médio — exigiu Hunter, sua voz transbordando de determinação.
O investigador ficou surpreso com a requisição e tentou argumentar:
— Mas senhor, eu já lhe disse antes. Ela era apenas uma jovem estudiosa, que se destacava academicamente, tinha amigas da alta sociedade irlandesa. Quando retornou para casa, limitava-se a sair apenas com seus seguranças, frequentava a faculdade e apreciava coisas delicadas, como qualquer garota da idade dela.
Hunter, impaciente, enviou o vídeo para o e-mail do detetive, desafiando-o a enxergar a imagem e encontrar ali a jovem donzela delicada que lhe havia sido descrita. E deixou claro o prazo para todas as informações sobre sua noiva estarem em seu escritório, em sua casa, em até três dias.
Após desligar o telefone, Hunter respirou fundo, sentindo a adrenalina correr em suas veias. Decidiu então ligar para James, buscando notícias sobre o estado de Aurora, que havia sido vítima desse ultraje.
— Como ela está? — indagou Hunter, a preocupação evidente em sua voz.
— O pulso dela estava bastante inchado, então apliquei Diclofenaco Dietilamônio para amenizar a dor. Desde que chegamos, ela adormeceu e mal teve apetite. O voo está marcado para esta noite, mas ela não saiu do quarto — respondeu James, com cautela.
Hunter, determinado a preservar o bem-estar de Aurora, instruiu:
— Se for necessário, adie o voo. Não quero que a pressionem de forma alguma. Fique ao lado dela, cuide dela. Voltarei o mais rápido possível. E se ela perguntar, diga que estou no exterior.
— Tem certeza de que não quer que eu vá junto? — questionou James, demonstrando sua lealdade.
— Aurora é minha prioridade máxima no momento. Confio em você para mantê-la segura até que eu retorne.
Após desligar o telefone, Hunter concentrou-se intensamente na missão que o aguardava. Sua mente não encontrou descanso sequer por um segundo, alimentando-se do desejo de chegar logo ao destino final. Quando a meia-noite finalmente chegou, ele se encontrava diante de um imponente hotel em Dallas, após uma exaustiva e vertiginosa jornada, percorrida por quatro carros em alta velocidade. Hunter não permitiu que o cansaço o dominasse. Pacientemente, aguardou seus homens encontrarem o paradeiro do seu alvo, e assim que a aurora iluminou o horizonte, ele já tinha o homem capturado e amarrado a uma cadeira no porão de uma casa alugada.
— David Parker, 29 anos — começou Hunter, passando os olhos pela ficha do homem. — Diretor de uma empresa farmacêutica, interessante.
O prisioneiro, visivelmente assustado, não pôde evitar perguntar:
— O que você quer?
— Ajustar algumas contas, é claro. Ou será que você já esqueceu o que fez na noite passada?
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Contrato duplo
RomantikAurora assina um contrato de casamento sem saber ao ganhar um carro de luxo de presente. Sem alternativa, ela foge de seu noivo para tentar viver sua vida sem barreiras e com seu verdadeiro amor. Hunter precisa se casar para gerar um herdeiro, mas q...