7. Mantenha as aparências, amor

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Aurora procurava por Hunter. Saiu para ir ao banheiro e quando voltou, ele já não estava mais onde o viu pela última vez. Ela andava graciosamente pelo salão quando seu telefone tocou.

— Onde você está? — James perguntou, do outro lado da linha.

— No salão, claro, onde mais? — Aurora perguntou com desdém.

— Hunter está à sua procura.

— Então com certeza está no lugar errado, porque eu não o vejo.

— Me espere onde está.

Aurora revirou os olhos e desligou o telefone. Quem James pensava que era para lhe dar ordens? Ela guardou o aparelho e saiu em busca de seu noivo. Estava distraída, procurando quando sentiu algo molhar o seu vestido.

— Me desculpe, senhorita. Como eu sou desastrado. Mil perdões — o homem pegou seu lenço e começou a limpá-la.

— Droga! — Aurora resmungou vendo a situação do seu vestido. — Afaste-se, está sujando ainda mais!

O homem imediatamente se afastou, mantendo uma distância respeitável dela, no entanto, fez uma reverência, apresentando-se.

— Mil perdões. Eu sou Andrew Saft, sou sócio da Associação de Engenharia da Filadélfia. Deixe-me ajudá-la, por favor. Como eu sou desastrado.

— Não vejo como pode me ajudar, senhor Salf — retrucou Aurora. — O melhor que pode fazer é me deixar em paz. Com licença.

— Senhorita… — Andrew pegou no braço de Aurora.

— Solte-me!

— Desculpe! — Ele retirou a mão e a ergueu. — Tenho uma prima que está trabalhando aqui hoje. Ela é lavadeira e creio que pode tirar essa mancha. Eu fiz essa bagunça, deixe-me ajudá-la a limpar, por favor.

Aurora pensou por um momento. Sua roupa estava manchada e aquele homem parecia ser simpático, um tanto estabanado, mas descente.

— Tudo bem, onde encontramos sua prima? — ela perguntou, rendida.

— Venha, por aqui — o homem falou, saindo do salão e indo em direção a um corredor particularmente vazio.

Aurora estranhou a ação do homem. Como modelo de passarela e comerciais, conhecia muito bem corredores como aqueles, que geralmente ficavam escondidos dos convidados comuns.

Por não haver funcionários perambulando por ali, suspeitou da boa vontade do homem, no entanto, não havia mais nada que pudesse fazer àquela altura senão segui-lo.

— Por favor, espere aqui. Vou chamar minha prima — o homem falou ao abrir a porta de um quarto. — Tem água fresca aí, tome se estiver com sede.

Aurora entrou no quarto e ouviu o click da porta. Claro, aquele era um truque para deixá-la presa.

A temperatura no quarto começou a aumentar de repente. Aurora teve sede, mas ao se lembrar das palavras do homem, julgou que a água estaria inapropriada para beber. Ela suspirou, então teve uma ideia bem travessa e foi até o jarro de água.

Hunter acordou com a cabeça doendo. Passou a mão e sentiu um galo no local. Ele não se lembrava direito do que estava aconteceu, pois ainda estava atordoado.

Ele não deveria estar na cama. Não deveria estar seminu e com uma mulher ao seu lado. "Que raios aconteceu? Aurora… onde está Aurora?"

Hunter pulou da cama, mas sua cabeça latejou o que o fez grunhir de dor. Ao sentir sua movimentação abrupta, a mulher acordou. Quando ele a viu, ficou pálido enquanto o choque transparecia em seu rosto.

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