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Xiao Zhan 

Xiao Zhan  acordou no sofá sozinho, com o joelho rígido, a boca seca e sem Yibo à vista. O pânico aumentou dentro dele. Ele deixara Yibo desconfortável ao adormecer ao lado dele? Seus olhos pareciam tão pesados, junto com o coração, depois da página do diário.
Ele olhou em volta e notou que nada parecia fora do lugar, a cafeteira ainda vazia, então talvez Yibo tivesse simplesmente ido para a cama.
Ele se levantou em graus variados, trabalhando as dobras dos músculos e principalmente do joelho antes de fazer uma fuga. Ele ainda se sentia pegajoso com a tempestade na noite anterior, então vestiu jeans diferentes e pegou uma das camisetas mais recentes que havia comprado que eram lavadas semanalmente e dobradas para ele em cima da secadora.
Quando não ouviu Yibo mexendo em qualquer lugar da casa, olhou pela janela e notou que sua caminhonete havia sumido. Cristo, ele o assustou ou havia alguma coisa a ser feita?

Acho que ele descobriria quando Yibo voltasse. Ele esperava que não fosse estranho entre eles depois de tudo o que haviam compartilhado ontem. Talvez eles tivessem se tornado amigos demais, e estava na hora de ele terminar o trabalho e seguir seu caminho.
A ideia disso fez seu peito pesado e apertado. Ele sentiria falta de Yibo, e talvez um pouco desta cidade. E Wangji e Wei Ying. Cristo, que pensamento estranho. Eles eram apenas homens em um diário.
Antes de Xiao Zhan  sair,  considerou brevemente fazer o café da manhã para Yibo, mas seu estômago protestou contra o pensamento. Se houvesse algum constrangimento entre eles, isso poderia piorar.
Ele decidiu que era hora de avaliar os danos do telhado do lado de fora, especialmente depois daquela tempestade perversa. Ele pegou a escada do galpão e a posicionou contra a lateral do celeiro. Ele subiu alguns degraus com cuidado até conseguir ver as partes queimadas no centro do telhado. Ele imaginou Wangji e Wei Ying criando o fogo, talvez com algumas garrafas cheias de trapos embebidos em gasolina. Ele balançou a cabeça porque algo parecia errado. Por que não sair da cidade em silêncio e viver em outro lugar?
Seus dedos se esticaram em direção à madeira apodrecida, que imediatamente se desfez em sua mão. O telhado precisaria de uma nova fundação de madeira compensada antes de pregar as telhas; na verdade, ele pode precisar fazer um destacamento completo, o que seria demorado para um homem, mas ele estava pronto para a tarefa, assim como reparar a parede dos fundos, embora isso ajudasse a ter a assistência de Yibo durante um pouco disso. Ele quase podia imaginar o celeiro restaurado à sua grandeza original. Ele perguntaria a Yibo sobre alguma tinta nova, talvez um vermelho mais moderno. Ou ele estava apenas protelando - encontrando mais coisas para fazer por aqui?
No momento em que descia, ouviu o caminhão de Yibo parar no quintal. Ele ficou congelado no último degrau da escada porque a condução de Yibo parecia um pouco casual, como se ele estivesse com raiva ou com pressa.
Assim que o caminhão estava estacionado, Yibo saiu da porta do motorista e apontou um dedo acusador em sua direção. — Quando você ia me contar?

Surpreendido, Xiao Zhan  cutucou seu cérebro por qualquer coisa que ele pudesse ter feito de errado nas últimas vinte e quatro horas. — Contar o que?

— Que você é um criminoso condenado — disse ele com os dentes cerrados.

Xiao Zhan  engoliu a bílis na garganta. Ele estava com calor por todo o lado, suas bochechas, orelhas e pescoço corados. Ele supôs que era sua culpa mantê-lo de Yibo em primeiro lugar, e agora ele pagaria o preço de sua indignação e decepção.
Ele olhou para o caminhão, depois para a estrada, tentando reunir mais informações.
— Eu estava na cidade quando alguém mencionou. Disse que você o colocou em uma solicitação de emprego.

Xiao Zhan  balançou a cabeça, incapaz de formar as palavras certas, não que isso importasse muito neste momento. Sua cabeça estava girando, tentando lembrar qual loja foi a primeira a pedir um emprego. Ele pensou que provavelmente foi a loja de ferragens. E
agora todos os olhares curiosos da cidade faziam mais sentido.
— Veja bem, a Sra. Anderson é a fofoqueira da cidade, então ela pode estar embelezando. — Yibo divagou. — Então... é verdade?

"DE LUZ SOLAR E POEIRA ESTELAROnde histórias criam vida. Descubra agora