09

30 1 0
                                    


Terça feira


Estava um dia cinzento.

A brisa do vento fazia o meu cabelo balançar.

Porém, sentia-me super bem sentada na esplanada do café acompanhada pelas meninas.

Optamos por vir lanchar após as aulas. Nem o mau tempo nos impedia de andar na rua.

- Podíamos aproveitar a tarde de amanhã para vir estudar aqui no Starbucks. - sugeriu a Bruna, e a Inês ficou a olhar para ela séria o que me fez rir - O que foi?

-  Podíamos era aproveitar a tarde para estarmos juntas, sem estudar! - acrescentou a Inês - Só temos teste para a outra semana.

- Só sugeri. - a Bruna levantou os braços - Não precisas de me bater. - voltei a dar uma gargalhada -

- Por mim é me igual, a estudar ou não posso estar com vocês. - afirmei - Aliás, o Rodrigo nem vai estar em casa vai sair com os amigos.

- Paz e sossego para ti.
- concordei com a Inês -

- Olha lá, como está a situação com o teu namorado? - questionou a Bruna -

- Igual. - a rapariga encolheu os ombros - Continua amuado. Não fala comigo desde sexta, agora digam-me se isto é normal.

- Não podes deixar que isso continue assim. - tentei ajudar - Ele já está a ser infantil.

- O que queres que faça Amanda? Eu não vou andar a correr atrás dele, já disse isso. - Ela desviou o olhar. Dava para perceber o quão desiludida estava com o rapaz - Se tiver que acabar com ele acabo. Vão dois anos da minha vida para o lixo.

- Não digas isso, Inês. - disse a Bruna, preocupada - Vocês amam-se. Tudo bem que não está a ser correta a atitude dele, mas não precisas de deitar fora dois anos de namoro.

- Acredita que se tiver que o fazer, faço Bruna. Ele diz que não tenho tempo para ele, e ele? Nem cinco minutos tem para mim? É só os amigos e o futebol? - ela balançou a cabeça - Começo a achar que o interesse dele por mim está a desaparecer aos poucos.

A nossa conversa acabou por ser interrompida, pois o telemóvel da morena acabou por tocar.

Ela olhou para o ecrã e desligou a chamada. Pousou o telemóvel na mesa, virando o ecrã para baixo.

- É ele? - perguntou a Bruna -

- O que é que achas? - o telemóvel dela voltou a tocar - Sim, toca para aí! - resmungou -

- Atende Inês. - intervi, desta vez - Ouve o que ele tem para te dizer.

- Não me apetece. - continuou a resmungar - Pode ligar vinte vezes, que eu não vou atender.

Eu e a Bruna ficamos a olhar uma para a outra, ao perceber que a situação estava mesmo séria.

A Bruna perguntou se queria que fosse ela a atender a chamada, fazendo Inês encolher os ombros como resposta.

Oslo ➳ Herman Tømmeraas Onde histórias criam vida. Descubra agora