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Vidrado no telemóvel, trocava mensagens com a Amanda. Tudo á minha volta desaparecia, quando se tratava dela.

Não sabia que em tão pouco tempo, poderia aparecer alguém na minha vida que me afetasse desta forma.

- Hello!? Terra chama Herman? - levantei o olhar do ecrã, diretamente para o Chris - Estou definitivamente a falar para o boneco, não é?

- Desculpa bro, não ouvi.
- bloqueei o telemóvel -

- Já percebi que não. - olhei-o atentamente - Mas recapitulando, estava a perguntar-te a que horas vais para o aeroporto amanhã!

- Vou ás onze da manhã.

- Alguém está a ficar apaixonado ou é impressão minha? - um sorriso automático surgiu nos meus lábios e baixei o olhar, um pouco envergonhado - Essa Amanda...

- O que tem a Amanda?

- Nada. - ele brincou, levantando os braços - Mas podes ser sincero comigo. Ela conseguiu mexer com o teu coração, não conseguiu?

Encolhi os ombros.

Ainda tentei disfarçar. O que parecia ter falhado. Era raro apaixonar-me verdadeiramente por alguém. Que quando acontecia, acho que dava um pouco nas vistas.

- Estou a gostar de a conhecer. - admiti - Ela é uma miúda doce, sabes? - ele sorriu -

- Mas gostas dela, não gostas?

- Gosto. - admiti, sentindo o meu rosto a queimar - Ainda por cima ela é minha fã, Chris.

- Eu sei, mano. Mas já rolou algo entre vocês?

- Uns beijos já.
- admiti sorridente -

- E achas que sou cego e burro? Esse teu sorriso e olhar de cachorro perdido diz tudo. - mostrei-lhe o dedo do meio e ele gargalhou - É assim mesmo, Herman. Atina meu mano.

- Tenho medo de a magoar, Chris. Ela admira-me há anos, agora conhece-me. E eu já falei com tantas fãs, mas nenhuma me afetou da forma que esta me está a afetar. E há anos que não me apaixono. E bastou uns três meses para conhecer a Amanda e pronto.

- Tu sempre foste certinho com as meninas. Sempre deste o melhor de ti.

- Tens razão. Mas ela é diferente, já que é minha fã.

- Há quanto tempo é que isso dura?

- O quê?

- Essa troca de saliva. - olhei sério para ele e o moreno voltou a rir-se - Estou a brincar. Agora a sério, essa troca de beijos.

- Demos o primeiro beijo no Natal. - ele arregalou os olhos - E depois foi acontecendo. Acho que foi algo que aconteceu naturalmente.

- Ou seja, há uma semana que a andas a beijar. - balancei a cabeça - Olha, se ela gosta assim de ti e tu dela, porque não conversam sobre isso? Tu também mereces alguém, Herman.

- Achas que pode dar certo? Ou devo de parar? Eu gosto da Amanda, mas quero que ela se sinta confortável.

- Ela sente-se feliz quando estás com ela, não se sente? - balancei a cabeça, assentindo - Então, porque te estás a preocupar?

Oslo ➳ Herman Tømmeraas Onde histórias criam vida. Descubra agora