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Dava uma garfada na lasanha, aprovando o sabor da mesma. Tinha combinado com as meninas em virem almoçar a minha casa.

Peguei no telemóvel e ao olhar para o ecrã, não tinha nada. Nem uma mensagem. Respirei fundo e voltei a levar uma outra garfada á boca.

- Credo. Está tudo bem? - encarei a Inês e encolhi os ombros - Queres falar?

- O Herman não me diz nada desde domingo. - elas entre olharam-se - De certeza que o que se passou mexeu com ele e ele agora quer se afastar de mim.

- O que se passou no domingo? - desta vez perguntou a Bruna - Estão chateados?

- Tivemos uma pequena discussão. - elas arregalaram os olhos - Não foi bem uma discussão, mas o Herman ficou um pouco...incomodado? Eu estava a falar com o Sérgio no insta e ele viu.

- Com o Sérgio? - chocada, questionou a Inês - Andas a falar com esse bicho? - a Bruna riu-se da rapariga -

- Não! Ele estava a convidar-me para o aniversário da irmã no fim de semana. Mas acham mesmo que eu vou? E o Herman sem querer olhou para o meu telemóvel, viu o nome dele e depois falou-me arrogante no carro. Mas depois esclarecemos as coisas e lá se resolveu. - expliquei - Ou acho eu que se resolveu.

- Porque dizes achas?

- Porque ele não diz nada. E começo a ficar seriamente preocupada.

- Ó amiga. - continuou a Bruna - O Herman tem a vida muito ocupada.

- Sim...mas tenho medo de, sei lá, de o sufocar? De o fazer pensar outras coisas e ele não querer mais nada comigo.

- Sabes lá se ele não anda a pensar numa forma de te pedir em namoro? - encarei a Inês, arregalados os olhos -

- Ainda é tão cedo para isso. Neste andar, ele vai mesmo pedir-me em namoro. - ironizei, devido á sua ausência - Mais depressa afasta-se.

- Não digas isso. - a Bruna tentou ajudar - De certeza que ele te vai dizer algo. Não comeces a entrar em paranóia.

Após terminar de comer, resolvi pegar no telemóvel mais uma vez.

Herman

Espero que estejas bem
Gostava de poder falar contigo....Herman, fiz alguma coisa?


Enviei a mensagem.

Sabia que não devia de insistir, mas a minha ansiedade estava a mil e o meu coração não parava de acelerar só de pensar na capacidade de ser eu o motivo deste afastamento. E se ele tirou conclusões e percebeu que não era o que queria?

Pensei em mandar mensagem ao amigo dele, o Chris e certificar que estava tudo bem com ele. No entanto, também tinha a opção de não enviar pois não queria invadir o seu espaço. Muito menos apoderar-me da sorte. Porque na verdade, as coisas eram entre nós os dois.

Mas porque não tentar saber?

chrisabolade

Oslo ➳ Herman Tømmeraas Onde histórias criam vida. Descubra agora