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- Podes parar quieta um minuto? Já estou a ficar tonto, só de te ver a andar de um lado para o outro.

Ri-me com a frase do Herman e ele ficou simplesmente focado a olhar para mim.

- Esta é a minha rotina noturna todos os dias. Não tenho culpa. - encolhi os ombros, pousando a mochila no chão ao lado da secretária - Para me preparar para o inferno.

- Ei, que exagero.

- Eu já paro. Deixa-me só guardar este material de hoje.

Guardei tudo na gaveta, e ainda me faltava escolher a roupa. Mas como o Herman estava prestes a ir embora, de volta para o hotel, optei por me sentar ao lado dele e dar-lhe atenção.

- Obrigado! - ri-me e dei-lhe um murro no braço, de leve fazendo-o rir também - A que horas sais amanhã?

- Ás quatro e meia.

- Então depois ligas-me? - assenti -

- O que achaste da Inês e da Bruna?

- Gostei delas. São engraçadas. - ele riu-se e eu concordei - Mas gosto mais de ti. - ele levou a mão á minha bochecha -

- Ó Herman...

Desviei o olhar envergonhada e ele riu-se.

- Bendita a hora que foste ao meu evento. - ele brincou, sorrindo - Quando vi aquela fã a chorar tanto á minha frente fiquei preocupado.

- Ai, meu deus. - levei a mão ao rosto e ele voltou a rir - Eu desde o começo da semana que andava desesperada. Quer dizer, acho que desde que recebi o bilhete com o teu nome.

- És linda. - ele segurou o meu rosto com as duas mãos, e beijou-me duas vezes na testa - Bem, eu não queria mas está na minha hora de ir. Daqui a pouco tenho que jantar.

- Não vás. - fiz beicinho e ele sorriu - Porra, o tempo contigo passa tão depressa. 

- Ainda tens mais quatro dias comigo. - ele deu um sorriso fechado -

O Herman levantou-se da cama e fiz o mesmo. Limitei-me a acompanhá-lo á porta.

- Rodrigo! - gritei, para que ele viesse -

O rapaz apareceu apressado.

Disse que o Herman estava pronto para ir. Despedi-me do moreno, e ele puxou-me dando-me um abraço.

- Porta-te bem. Juízo.

- Claro que sim.

- Até amanhã, Mandy.

- Até amanhã.
- sorri-lhe, de forma fechada -

Assim que os dois rapazes saíram, fechei a porta e regressei ao quarto. Estava desanimada pela falta de presença do Herman.

Sentia que me estava a apegar demais a ele. E cada vez que ele me tocava, uma chama acendia no meu interior.

Sabia que tinha a emoção de fã, mas ultimamente, causava-me sensações estranhas e diferentes.

Oslo ➳ Herman Tømmeraas Onde histórias criam vida. Descubra agora