Oslo ➳ Herman Tømmeraas

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Duas semanas depois
6 de março | terça feira

Deitada no peito do Herman, observava-o a deslizar pelo feed do Instagram.

Agora sim, tinha a oportunidade de dormir com o meu namorado. O nosso namoro foi aceite tanto pela minha família, como pela dele. Ainda não tinha conhecido a família dele, mas ansiava.

- Não me apetece ir para a escola.

- Não vás. Estou a brincar, não te quero influenciar dessa forma. Não sou má influência.

- Para ficar aqui deitada na cama contigo, eu faltava. - ele deu uma risada -

Olhei para o ecrã dele, vendo as horas. Eram quase sete e dez da manhã. E eu ainda deitada.

No entanto, caiu uma mensagem de uma rapariga. Era uma Alicia. Pelas primeiras palavras, consegui perceber que ela dizia que eles já não se falavam há algum tempo.

- Quem é?

- O quê?

- Essa Alicia.

- Uma colega. - levantei a cabeça, encarando-o - O que é que foi?

- E conheces desde quando?

- Conheci no ano passado.

- E ela manda-te mensagem? Do nada?

- Sei lá Amanda, nunca mais falei com ela. - levantei-me da cama e ele puxou-me pela mão, apesar de a ter soltado - Amanda!

Dirigi-me á casa de banho.

Não queria agir assim. Antes que estragasse alguma coisa, preferi ficar sozinha na divisão. Senti-me a ficar nervosa e a fervilhar por dentro.

Mas porque mandam mensagens ao Herman, sabendo que ele namorava?

Senti os meus olhos a ficarem arrasados em água. Queria chorar.

Acabei por fazer as minhas necessidades e higiene, já que me tinha de preparar para a escola.

Ao aparecer no quarto, liguei a luz. O Herman já estava de pé também.

- Amanda. - ignorei-o e fui até ao guarda roupa, abrindo o mesmo - Amanda, estou a falar contigo. Vais ouvir-me?

- Responde á tua amiga e depois falas comigo.

- Estás a exagerar. - deixei escapar um suspiro - Eu não sou assim. - olhei para ele - É preciso isso?

- O que é que ela queria?

- Olha, foi tão importante, que ainda não abri a mensagem. - desviei o olhar e respirei fundo -

- Sabem que namoras, porque não te respeitam?

- Amanda, não falo com ela há séculos. Não sei o que ela quer.

- Está bem. - respondi fria e chateada - Ficamos por aqui então.