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O carro acabava de ser estacionado á porta da minha vivenda alugada.

O Rodrigo despediu-se do Herman com um toque de mãos, e disse que nos ia deixar a sós. Assim que o meu irmão saiu do carro, o meu olhar cruzou-se com o do norueguês. Rapidamente, um sorriso esboçou nos lábios dele.

- Estavas distante o caminho todo. - cortei o silêncio - Está tudo bem?

- Estava pensativo. - admitiu - Estou orgulhoso de ti. - lancei um sorriso tímido - Eles adoraram-te, Amanda.

- Gosto muito deles. Desculpa se fiz alguma coisa que não devia.

- Estás-me a ver chateado? Muito pelo contrário. Não esperava nada que fosses surpreender-me daquela maneira. - dei uma risada tímida -

- Estou a gostar muito de partilhar coisas contigo. - confessei envergonhada -

O Herman envolveu o braço ao redor do meu pescoço e veio na minha direção. Encostou os lábios nos meus, conduzindo-os num beijo. Fechei os olhos, saboreando aquele momento.

A forma como ele me beijava era apaixonante. Conseguia sentir a reciprocidade do outro lado, apenas com o toque dos seus lábios.

Ele olhou-me nos olhos, acabando por dar um sorriso fechado e envergonhado. O rosto dele também ganhou um tom avermelhado.

- Anda dormir comigo. - murmurou, roçando os lábios nos meus -

- Quem me dera. - admiti, desviando o olhar pois o meu rosto tinha aquecido - Mas cá não é lá muito fácil.

- Compensa-me quando for a tua casa então. - piscou o olho e ri-me -

- Está bem. - beijei-o na bochecha - Não me apetecia nada ir para dentro. A tua companhia é demasiado boa.

- Então fica mais dez minutinhos comigo. Ou fica a noite toda.

- Herman...- balancei a cabeça e ele deu uma risada - Não me desafies muito. - ele arregalou os olhos -

- És assim tão fácil de desafiar?

- Se insistires muito...olha que corro esse risco.

- E os teus pais o que pensariam? - encolhi os ombros - Ah pois. Eles não sabem que andas a namoriscar um famoso.

- Pára. - respondi envergonhada e ele gargalhou alto ao ver-me a ficar vermelha -

- É só vergonha. - Levantei-lhe o dedo do meio e ele voltou a arregalar os olhos, apoiando a mão no peito - É assim? - dei uma gargalhada - Deixa-te andar.

- Desculpa. - pedi entre risos e ele olhou-me desconfiado - Acho que fiquei corajosa demais.

- Ei Amanda, relaxa. - ele riu-se - Gosto de ti na mesma.

- Engraçadinho!

O Herman chegou-se a mim. Apoiou as duas mãos no meu rosto e beijou os meus lábios. Sorri de olhos fechados, enquanto o beijava. Ele beijocou os meus lábios várias vezes e depois, encarou-me.

Oslo ➳ Herman Tømmeraas Onde histórias criam vida. Descubra agora