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O meu relógio marcava as dez da noite.

Eu e o Herman íamos sair. Ia conhecer pela primeira os rapazes do meu grupo.

- Estou bonito?
- perguntou, enquanto aceitava o cabelo -

- Tu és bonito.
- corrigi-o, e ele riu-se envergonhado -

Após colocar os brincos em cada orelha e um pouco de perfume, vesti um casaco de couro preto.

- Herman, se não te sentires bem com eles diz, ok?

- Não te preocupes comigo. - respondeu, beijando-me na testa - Estás tão bonita.

- Obrigada. - respondi tímida, e senti o meu rosto a queimar -

O Herman levou as mãos ao meu rosto, inclinou-se até mim e encostou os lábios nos meus, beijocando-os.


(...)

Estacionamos o carro em frente ao café. Observei o André a estacionar o carro dele, um pouco mais á frente.

- Dá-me um beijo. - pediu o Herman, apoiando a mão na minha perna. Arrepiei-me rapidamente -

- Achas? Fora de casa, nem pensar!

Ele deu uma gargalhada.

- Estou a brincar.

Balancei a cabeça.

Saímos do carro e o pessoal também saiu.

Dissemos um olá geral.

- Duarte, André e Hugo. Tem aqui uma pessoa que vos quero apresentar. - recebi as atenções todas - Trouxe este menino comigo. É o Herman e ele não fala português.

Os rapazes deram um toque de mãos ao ator. Fiquei feliz por terem-no recebido bem.

Após uma mera troca de palavras, entramos no o café. Escolhemos uma mesa e ainda arrastamos a do lado, para que desse para todos. Claro que o Herman ficou sentado ao meu lado.

Fomos atendidos rapidamente. O Hugo pediu um café para todos.

- Há quanto tempo é que isso dura? - perguntou o Duarte, na brincadeira -

- Dura o quê? Somos só amigos. - justifiquei - Nós conhecemo-nos em outubro.

- Ah, foste á Noruega ver o teu ídolo em outubro e pronto, trouxeste-o para cá!

Acabamos por rir, com o comentário do Duarte. As minhas bochechas ficaram quentes, o que não deu para evitar.

- Fazes bem, Herman. Mas cuidado, ela é meia maluca. - brincou o Duarte - Ela na semana passada no aniversário do André encheu-se de álcool. - o Herman olhou-me chocado -

- Que mentiroso! - exclamei, e eles riram-se - Eu não bebo álcool. Ó Herman, não ligues ao que ele diz. - eles voltaram a rir -

- Não aguentas um copo. - brincou o norueguês, balançando a cabeça -

- Olha outro. Estás a ver?
- perguntei ao Duarte - Não puxes por ele. - brinquei, apontando para o rapaz ao meu lado e o Herman riu-se -

Oslo ➳ Herman Tømmeraas Onde histórias criam vida. Descubra agora