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Não me queria acreditar.

Estava no hospital com a Inês. Sim. A Inês tinha vindo viajar de propósito para a Noruega, só para ver como estava o meu irmão.

Não queria ter acreditado que ela tinha vindo viajar sem me dizer absolutamente nada. Entendia agora o porquê dela ter estado tão calada nas últimas horas.

Ao meu lado, também já estava o Herman. Estávamos os três no corredor do hospital, esperando que o médico nos viesse dizer alguma coisa.

Já os meus pais, estavam na parte principal, pois queriam tomar um café.

- Olha, o Jonas daqui a pouco vem cá ter. Pode ser?

- Claro! Sem problema!
- afirmei positiva -

Continuavamos a conversar.

O Herman falava do set de gravações. Comentava algo engraçado, apenas para nos fazer rir. Para nos abstrair.

E ao olhar para o lado e ver uma amiga minha a apoiar-me era surreal.

- E eu ainda não acredito que estás aqui! - exclamei chocada, provocando risadas no corredor - Inês Inês, tu não me disseste nada de nada!

- Achas que te ia dizer? Eu simplesmente vim para o aeroporto ontem á tarde e cheguei cá hoje às cinco da manhã. Queria fazer-te uma surpresa. - balancei a cabeça - É nestas ocasiões que se vê as amizades.

- Também se vê as amizades sem ser preciso de viajar. Mas gostei bastante do que fizeste. - um sorriso apareceu nos lábios dela -

- Quem tem amigos assim, tem tudo.
- disse o Herman -

- Vês? Até ele. - continuou a rapariga, apontando para o ator -

O Herman ao pegar no telemóvel, disse que o Jonas já tinha chegado. O rapaz deu as indicações ao amigo.

Minutos depois, conseguimos ver o loiro a caminhar na nossa direção. Vinha um pouco ofegante.

- Olá! - disse ele -

Para nos cumprimentar, o Jonas deu um toque de mãos ao Herman.

Eles apresentaram-se e o loiro perguntou-me se era uma amiga do meu país. Afirmei com a cabeça.

No entanto, o Jonas abraçou Inês e acabou por me abraçar também. O loiro falou comigo animadamente, fazendo-me rir.

Reparei que o Herman nos virou costas e foi-se sentar nos bancos. Sentou-se no primeiro.

Ele levou os dedos aos lábios e manteve o olhar fixo para a frente enquanto abanava a perna. Depois ele pegou no telemóvel.

Estava bastante sério.

Encarei Inês, a mesma que tentava processar o mesmo que eu. Encarou-me confusa, apontando com a cabeça para o moreno.

- E então, como vai essa vida? - perguntou Jonas, curioso -

- Vai ótima! - respondeu Inês, animadamente - Já sei que fazes parte da série Ragnarok. - ele assentiu - Gosto muito. A minha amiga obrigou-me a ver. - apontou para mim, e dei uma gargalhada -

Oslo ➳ Herman Tømmeraas Onde histórias criam vida. Descubra agora