🌌 CAPÍTULO 21 🌌

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Narradora Pov's

— E abriu mão de tudo isso para sair da Prisão?— perguntou Mor, baixinho

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— E abriu mão de tudo isso para sair da Prisão?— perguntou Mor, baixinho.

— Entreguei minha graciosidade, minha imortalidade perfeita. Eu sabia que depois que o fizesse... Sentiria dor. E arrependimento. Eu quereria e queimaria por querer. Eu... cairia. Mas estava... O tempo que fiquei trancafiada ali... Não me importava. Não sentira o vento no rosto, não cheirara a chuva... Nem mesmo me lembrava de qual era a sensação. Não me lembrava da luz do sol.

Foi para Visenya e Azriel que a atenção de Mor se voltou; a escuridão da Rainha dos Dragões e do encantador de sombras recuou e revelou olhos compreensivos. Trancafiada.

— Então, me aprisionei neste corpo. Enterrei minha graciosidade incandescente bem no fundo. Abri mão de tudo o que eu era. A porta da cela simplesmente... se abriu. Então, saí.

Uma graciosidade incandescente... que ainda queimava bem no fundo de Amren, visível apenas na fumaça dos olhos cinzentos.

— Esse será o custo de libertar o Entalhador — explicou Amren. — Precisarão prendê-lo a um corpo. Torná-lo... feérico. E duvido que ele concorde. Principalmente sem o Uróboro.

Ficaram em silêncio.

— Deviam ter me perguntado antes de ir — admoestou ela, com aquela rispidez de volta à voz. — Eu os teria poupado da visita.

Rhysand engoliu em seco.

— Você pode ser... libertada?

— Não por mim.

— O que aconteceria se o fosse?

Amren o encarou por um longo tempo. Depois, encarou a Feyre. Cassian. Azriel. Mor. Nestha. Finalmente, encarou a Grã-Senhora.

— Eu não me lembraria de você. Não me importaria com nenhum de vocês. Eu os destruiria ou abandonaria. O que sinto agora... seria estranho para mim, não teria força. Tudo o que sou, este corpo... deixaria de existir.

— O que você era? — sussurrou Nestha, dando a volta por Cassian para se colocar ao lado do general.

Amren brincou com um dos brincos de pérola negra.

— Uma mensageira... e soldado-assassina. De uma deusa vingativa que governava um mundo o mundo dos mortos, jovem.

— Seu nome era Amren? — perguntou Nestha.

— Não. — A fumaça espiralou nos olhos de Amren. — Não me lembro do nome que recebi. Usei Amren porque... É uma longa história.

— Oh.

Elain se sobressaltou Não faziam ideia que estava ali. Ela permaneceu perto das escadas. Ela cobriu a camisola com um xale de seda do azul mais pálido, os dedos se agarravam ao tecido, como Elain agarrava o próprio corpo. Feyre foi imediatamente até ela.

— Precisa de alguma coisa?

— Não. Eu... eu estava dormindo, mas ouvi... — Ela sacudiu a cabeça.

Piscou para roupas formais da irmã, para a coroa preta sobre sua cabeça, e a de Rhysand e Visenya. — Não ouvi vocês.

Visenya avançou um passo. Falou com Elain:

— Mas ouviu outra coisa.

Elain parecia prestes a assentir, mas apenas recuou.

— Acho que estava sonhando — murmurou ela. — Acho que estou sempre sonhando ultimamente.

— Vou buscar leite quente para você — falou Feyre colocando a mão no cotovelo de Elain para levá-la até a sala de estar. Mas Elain se desvencilhou, voltando para as escadas. Ela disse, ao subir os primeiros degraus:

— Eu consigo ouvi-la... chorando.

— Quem? — perguntou Feyre

— Todos acham que ela está morta. — Elain continuou andando. — Mas não está. Apenas... diferente. Transformada. Como eu fui.

— Quem? — Feyre insistiu.

Mas Elain continuou subindo as escadas, aquele xale caindo pelas costas. Nestha saiu do lado de Cassian para se aproximar.

— O que você viu? — exigiu Visenya.

Elain parou no meio das escadas. Devagar, ela se virou para encarar Visenya.

— Eu vi mãos jovens se enrugarem com a idade. Vi uma caixa de pedra preta. Vi uma pena de fogo cair na neve e derretê-la.

Louca. Elain podia muito bem estar louca...

— Estava com raiva — disse Elain baixinho. — Estava com muita, muita raiva por algo ter sido levado. Então, levou algo como punição.

Não disseram nada. Não sabia o que dizer. o que sequer perguntar ou indagar. Se o Caldeirão fizera algo a ela também...

Feyre encarou Visenya, expondo as palmas das mãos para ela.

— O que isso quer dizer?

Os olhos vermelhos escarlate de Visenya se agitaram enquanto ela estudava sua irmã, o corpo magro demais. E, sem dizer uma palavra, a Grã-Senhora atravessou em uma fumaça roxa. Mor olhou o espaço onde ela estivera durante muito tempo depois de Visenya partir.

 Mor olhou o espaço onde ela estivera durante muito tempo depois de Visenya partir

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Continua...

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