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BÁRBARA E EU estamos em uma Starbucks, sentadas lado a lado, estudando para a prova de química. Distraidamente, ela coloca o braço nas costas da minha cadeira e começa a enrolar meu cabelo no lápis e a desenrolá-lo como um pedaço de fita. Eu a ignoro. Ela puxa minha cadeira para mais perto e me beija no pescoço, o que me faz rir. Eu me afasto dela.

— Não consigo me concentrar quando você faz isso.

— Você disse que gosta quando brinco com seu cabelo.

— Eu gosto, mas estou tentando estudar. — Olho ao redor e sussurro: — Além do mais, estamos em público.

— Não tem quase ninguém aqui!

— Tem o barista e aquele cara ali, perto da porta.

Tento apontar discretamente para os homens com o lápis. As coisas sossegaram na escola, finalmente; a última coisa de que precisamos é outro meme.

— Carolina, ninguém vai nos filmar, se é com isso que você está preocupada. Não estamos fazendo nada.

— Falei desde o começo que não gosto de demonstrações públicas de afeto — lembro a ela.

Bárbara dá um sorrisinho.

— É mesmo? Não vamos esquecer quem me beijou no corredor. Você pulou em mim, Voltan.

Eu fico vermelha.

— Havia um propósito naquilo, e você sabe.

— Agora também há um propósito — diz ela, fazendo beicinho. — O propósito é que estou entediada e com vontade de beijar você. Isso é crime?

— Você é uma bebezona. — digo, e aperto o nariz dela. — Se ficar quieta e estudar por mais quarenta e cinco minutos, vou deixar você me beijar na privacidade do seu carro.

O rosto de Bárbara se ilumina.

— Combinado.

O celular dela vibra, e Bárbara checa o visor. Ela franze a testa e digita alguma coisa, os dedos rápidos como um raio.

— Está tudo bem? — pergunto.

Ela assente, mas parece distraída, e continua mandando mensagens, mesmo quando devíamos estar estudando. Agora, também estou distraída, querendo saber o que poderia ser. Ou quem.

P.S.: Ainda amo você |ADAPTAÇÃO BABITAN|Where stories live. Discover now