Capítulo 9

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Aquiles – pov

- Eu sei, pô – Respondo.

- Olha, foi mancada isso, parceiro – Cigano diz – Mas tenta falar com ela.

Está apenas "as meninas super poderosas" aqui, Pietro, Henrique e eu. Sentados na mesa do bar (mas sem beber) do salão. A maioria do pessoal foi embora depois de um monte de informações e acontecimentos terem sido escutados pelos nossos ouvidos. E o resto se separou da gente.

Bom, Ellen me enrolou bastante e desistiu de ficar comigo hoje. Estou chateado? Bastante.

- Homi, por isso mulher não dá certo – Pietro bebe um gole do refrigerante – Thiana me enrolou tanto que a gente parou de se falar hoje.

- Sério? – Cigano pergunta.

- Foi, doido. E ela tava com um ciúmes possessivo de mim, não tem como aguentar, e a gente nem ficou!

- Oh doidera – Cigano cruza os braços – E a outra vai ficar comigo e morde minha língua.

Começo a rir, a gente é o trio mais fudido no amor possível.

- Ninguém das super poderosas  se deu bem hoje, meu Deus – Digo.

- Né isso, doido – Pietro responde, olhando o celular vibrar – Adivinha quem mandou mensagem.

- Thiana? – Respondo, e ele assente com a cabeça – Dizendo o que?

- Pedindo desculpa, e mais umas coisas. As meninas já tão morrendo de raiva dela, criei uma revolta contra a menina, parceiro.

- Homi, negócio de mulher. A reflexão do dia é: Viva na droga do mundo mas não viva no mundo das drogas – Henrique diz.

- É verdade, é verdade – Concordo.

- Mas e aí, Chico, tu vai fazer o que? – Henrique pergunta, se debruçando sobre a mesa de plástico com a logo de cerveja.

- E eu sei? Vou...sei lá, tentar conversar com ela, mas acho que vou ouvir as mesmas coisas. Que ela não sabe se está pronta e não sei o que, então acho que vou conversar em vão- Respondo.

Henrique assente com a cabeça.

- Ei – Pietro diz – E a loucura com a Esther, hein?

- Sei que ela ficou com Zeca, Yago e eu acho que também aquele moreninho baixo da tua sala – Responda.

- Minha nossa senhora – Digo – Ela bebeu demais, parceiro.

- Né isso – Henrique concorda.

- Ai, mas o Henrique está devendo uma pra gente depois de prender a gente naquele campinho – Pietro diz.

- Foi sem querer, cabinha! – Henrique responde.



Chego em casa e me jogo na cama, quando estou prestes a dormir, meu celular vibra e vejo uma notificação, pego o celular e desbloqueio. É Ellen.

Ellen

- Ei

- Desculpa por ter te enrolado hoje

 

                                                      Beleza, tudo bem –

- Será que a gente pode

tentar de novo? Ir mais devagar

dessa vez, sabe?

  
                         Claro que podemos, Maria bonita –



- Que bom então.

- Vai para a escola amanhã?

vai dar o maior bafafá por conta da festa

 

                           Com certeza, não perco por nada –

                                      Cigano tá até agora com dor

                                                                      na língua –

- KKKKKKKKKKKKKK

- Ei doido, aquilo foi imoral

                             O coitado nem imaginava que ia

                                            sair sem a língua, homi –

- KKKKKKKKKKKK

- Ela já recebeu todo tipo de apelido

- Tenho é pena dessa coitada.

                           Julio já criou tanto nome pra ela –

- As meninas já falaram uma lista

- Crocodila, Sangue-suga, Tubaroa,

Crocolínguatubaroa, boca de Lacoste, tudo

que você puder imaginar

                                                          
                     KKKKKKKKKKKKKK acredito não –

                                       Oh povo criativo, menino –

- Mas é errado o povo ficar espalhando

- Coitada dela viu, mas que é

engraçado, é viu KKKKKKKKKKK

Me pego sorrindo pro celular e forçando meus olhos a ficarem abertos pra não dormir e parar de conversar com ela.

Nossos Finais (nem sempre) FelizesOnde histórias criam vida. Descubra agora