Aquele que nunca deveria ter ido

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Rob chegou cansada na base dos Louva-a-Deus Verdes. A conversa com Charlotte havia sido tranquila, mas mesmo assim muitas coisas aconteceram nos dias anteriores, ela precisava descansar. Notou a base vazia, mas sabia que sempre haveria alguém que a esperaria voltar, não importa a hora que chegasse.

Depois de um banho, ela bateu na porta do quarto de Jack, que levantou as sobrancelhas ao vê-la.

— Não achei que voltaria hoje. — ele deu passagem para que a mesma entrasse.

— Não demorei nos Rosas Azuis, achei melhor voltar, de qualquer modo.

Depois de um breve resumo sobre a conversa com Charlotte, Jack se sentou na poltrona. Rob não perdeu tempo e se pôs no colo dele, passando uma perna por cada lado de seu corpo, ficando de frente para Jack. A garota queria um pouco mais de afeto, havia passado por muita coisa.

— Quanto grude. — o sorriso do capitão aumentou, abraçando o corpo de sua amada mais contra si.

— Quero carinho. — ela murmurou, sentindo as mãos do outro passarem por suas costas.

— Ah, sim. — o tom de deboche era nítido — Vou enfiar todo o meu amor e carinho bem fundo em você. — ele a provocou, arrancando um sorriso de Rob.

Como ela não havia protestado, uma das palmas foi direto ao encontro de um dos seios da moça, o massageando por cima da blusa. Ao notar o tecido largo, Jack se reclinou e levantou o pano, se enfiando dentro da camisa e abocanhando um dos mamilos. Rob se espantou um pouco com a ação repentina, mas relaxou com o contato dos lábios e língua do outro alternando em seus seios.

Sentia seu interior se contrair ao redor de nada, descontando o prazer nas coxas de seu capitão, abaixo de si. As apertou e suas unhas machucaram um pouco sua pele, fazendo a garganta de Jack vibrar em um gemido baixo.

Ele puxou aquele tecido que já estava sufocante ao redor de sua cabeça, continuando seu trabalho com a língua. Os dedos logo encontraram o meio das pernas de Rob, tocando a carne úmida que estava extremamente convidativa para si. Ela começou a mexer os quadris devagar pela sensação de prazer de estar sendo tocada e invadida pelos dedos longos mais uma vez, notando que dessa vez não havia mais incômodo nenhum.

Sua musculatura interna apertava os dedos magros de Jack, que apenas queria estar sentindo aquilo em seu membro. Rob estava apressada, aquele calor do orgasmo começava a crescer enquanto ela desabotoava as calças dele, as abaixando para libertar o que tanto queria naquele momento.

Jack soltou seus seios para ver melhor aquela cena que fez seus olhos brilharem, ela mesma estava o colocando dentro de si quando ele retirou os dedos, acariciando o clitóris inchado. Ela atingiu o orgasmo assim que a ponta entrou, perdendo um pouco a força nas pernas e fazendo toda a extensão adentrar.

Ele esperou que a euforia do orgasmo diminuísse para agarrar os quadris fartos de Rob, a auxiliando a subir e descer em si. Os gemidos estavam um pouco mais baixos, mas ainda agraciavam os ouvidos do capitão. Quando ela tomou um bom ritmo, um tapa foi desferido na nádega de Rob, a fazendo falhar no movimento por um instante, mas retomar com mais força.

O fato de Rob sentir prazer na dor era muito interessante para si. Parecia que de certo modo, eles realmente tivessem sido feitos um para o outro.

— Desacelere um pouco, amor. — ele disse baixo, vendo-a o obedecer por um instante. Mas quando Rob deu um sorriso lascivo, arrumando as pernas para ficar mais confortável e sentar com mais força, o sorriso de Jack aumentou — Sua desgraçada, eu vou te encher de porra assim.

A menção fez os olhos negros brilharem, continuando seu ritmo. Com mais alguns movimentos, Jack agarrou as nádegas da moça, descontando o prazer do orgasmo ali. As unhas feriram um pouco sua pele e a sensação de ser preenchida pelo orgasmo fez os olhos de Rob revirarem.

Jack envolveu seus braços na cintura fina e a levantou, ainda mantendo os corpos conectados, apenas para deitá-la na cama e ver seu buraco apertado escorrer o líquido branco. O capitão deu um sorriso e adentrou com os dedos nela, pondo o que escorria para dentro novamente enquanto pegava um pano.

— O que está fazendo? — ela perguntou, olhando para Jack.

— Garantindo que não haverá desperdício. — seu sorriso cresceu — Eu ainda quero herdeiros, afinal.

Um sorriso de satisfação tomou o rosto de Rob. Amar alguém e formar uma família parecia um sonho tão distante há alguns meses e agora, se sentia completa.

•••


No dia seguinte, Rob ganhou uma missão sozinha para testar suas habilidades. Ainda parecia um pouco arriscado usar tamanho poder assim, mas o capitão precisava ver que sua amada estava completamente no controle.

A missão consistia em acabar com um grupo de bandidos que atormentava a colheita de um vilarejo, não deveria ser tão difícil, mas eles pareciam nunca ter fim. Rob conseguia dar conta da maioria, mas o líder parecia forte demais para si.

Suspirou quando o grimório se folheou, parando no feitiço da maldição. Se viu sem escolha, rasgando as próprias costas e fazendo Ross surgir. Foi rápido, o líder estava no chão e os gêmeos viam os oficiais da capital levarem todos para a prisão.

Quando Rob olhou novamente seu grimório, seus olhos se arregalaram. O feitiço da maldição estava desaparecendo.

— Ross... — ela o chamou baixo, enquanto andava até a beira do riacho, onde se sentou — O feitiço está desaparecendo.

— Eu sei. — ele se pôs ao lado dela — Acho que tenho que dizer algumas coisas antes de ir, não é?

Um ou dois minutos de silêncio pareciam uma eternidade ali, mas Ross continuou seu discurso.

— Eu errei feio. — sorriu sem humor — Mas eu aprendi uma coisa enquanto estava adormecido dentro de você. Eu não podia sentir nada, mas sentia o amor daqueles que você se importa, principalmente de Charlotte e Jack. — as lágrimas rolavam no rosto da gêmea ao ouvir isso — E sinceramente? Não existe nada melhor para mim do que te ver feliz, Rob. — ele a abraçou, vendo o grimório terminar de apagar o feitiço.

O que ocorreu a seguir foi, de longe, uma das coisas mais mágicas que os gêmeos presenciaram. A folha onde estava escrito o feitiço se soltou, soltando uma luz avermelhada de si. Quando aquele brilho se apagou, os dois pares de olhos se arregalaram.

Um segundo grimório foi formado.

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