— S/n? Aconteceu algo? — pergunta professor Dumbledore, e eu apenas balanço a cabeça negativamente.
Fico conversando com professor Albus por quase uma hora. Descobri minha legilimência, tenho de aperfeiçoar meus dons. E, principalmente, tenho que manter em segredo. Caso contrário, isso poderá se virar contra mim; pois ninguém sabe ainda até onde irá meu poder.
Mas ainda há um obstáculo: Tom.
Ele sabe o meu segredo, eu sei o segredo dele. Não posso deixar que nada de ruim aconteça, mas sei como ele pode tentar que isso ocorra.
Vou ao meu dormitório, e já pego logo no sono. Poderia ser uma noite sem pregar os olhos, mas não.
Acordo cedo, ninguém no castelo acordou ainda. Tomo um banho e visto minhas roupas de sair para hoje, já que é fim de semana.
Está sendo um dia bom, estonteante eu diria. Black sempre me proporciona momentos incríveis, como eu gosto dele.
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É noite outra vez, prometi a Alphard que não iria demorar muito na biblioteca, mas não sei como lidar com as informações que recebi de um jeito que não seja estudando. — sei que no fundo ele entende isso — portanto, esse segredo agora fica entre mim, Alph, Riddle e meus dois professores de confiança. Obviamente, fui para confrontá-lo também.
Chego na biblioteca com um suco que comprei mais cedo, e me sento na mesa do lado da mesa dele. O mesmo — que estava me encarando quando cheguei — mudou o olhar para os livros novamente.
Chego na frente da mesa dele, e espero que ele mude o olhar para mim.
— O que está fazendo aqui? — ele questiona. — Não lhe convidei para lugar nenhum.
— Comigo você tira sua máscara, é impressionante essa atitude. Se fosse qualquer outra pessoa, fingiria ser um rapaz decente.
Ele se levanta, pega o livro e sai. Mas claro, o segui.
— Tom. — ele me ignora. — Dividir sua alma em sete? — questiono enquanto semi cerro os olhos e dou um gole em meu suco.
Ele se vira bruscamente para mim, e vem andando na minha direção. Vou andando para trás, até que bato na gélida parede.
— O que quer dizer com isso? Estava ouvindo a conversa dos outros, não é? Nunca te ensinaram que isso é feio?
— Você também estava ouvindo a minha, não se faça de sonso agora.
Tento afastá-lo, mas ele tira minha mão bruscamente.
Reviso meu bolso para pegar minha varinha. Consigo pegar, mas ele toma ela de mim e a joga no chão.
Estamos quase colados naquela parede, ele me olha como se quisesse me intimidar, e ao mesmo tempo... Me beijar?
Ele reveza o olhar entre os meus lábios e os meus olhos. Ele não parece ser assim, ele não parece ter desejo em outra coisa, há não ser arte das trevas.
O puxo pelo pescoço e lhe dou um beijo. Ele parece resistir de início, mas eu o puxo para mais perto.
Acho que isso deu certo. Foi uma ótima distração. Não perco tempo, e bato com o meu copo suco em cima dele, deixando cair também — e logo o empurro para longe de mim.
Ele põe a mão em seu cabelo molhado, depois analisa sua mão; tentando entender o líquido que eu joguei — achando que poderia ter algum potencial perigoso, talvez ele não tenha reparado que eu mesma o bebi — Em seguida, ele me olha de um jeito indescritível.
