Conforme o tempo for passando, imaginem o Christian Coulson (ator do Tom) do jeito que está hoje em dia, não o Voldemort.
— Mas a que preço, Tom? — me levanto. — Qual é o preço do poder?
— Crises existenciais? Qual é, S/n. — ele põe as mãos em meu rosto. — Estamos juntos, não estamos? Eu posso contar com você, certo?
— Sim. — ponho as minhas mãos nas dele, que ainda que estão no meu rosto.
— Certo. — ele se afasta e vai até a escrivaninha.
— Qual fim você deu a varinha do seu tio? Depois de ter alterado as memórias dele para que confessasse o crime. — ele se mantém quieto. — Daqui a pouco teremos que voltar à Hogwarts.
— Ela está em um lugar que nunca mais será achada, podemos ficar tranquilos.
— Eu fiquei surpresa com aquele julgamento rápido. Seu ódio aumentou quando ele apontou sua semelhança com o Riddle... Deu para perceber.
— Sim.
Percebo que ele não quer falar desse assunto. Me aproximo dele e o abraço por trás, enquanto ele mexe nas suas coisas. Ficamos assim por um tempo, adoro sentir seu cheiro de perfume clássico e pinha; que se entrelaça no meu cheiro de loção de morango e chiclete de hortelã. Ficamos um tempo assim.
— Precisamos começar a reunir pessoas. — digo me afastando.
— Você não leu meus pensamentos não, não é?
— Não. — eu rio. — Dessa vez, não.
Ele se vira para mim e põe meu cabelo atrás da orelha.
— Vamos oferecer tudo que eles mais querem, my lady. — ele se inclina para perto de meu ouvido. — Eles serão nossa escada para o sucesso.
Sorrio para ele, que me beija.
— Vamos terminar de arrumar as coisas. — murmuro alguns segundos depois, me afastando um pouco do beijo, e o mesmo assente.
Hogwarts | 1944.
— O que acham de mostrar ao Dippet o que é bom, amigos?
— Do que está falando, Riddle? Furtar sua sala quando ele sair? — um menino pergunta.
Observo Tom falando com nossos novos, digamos... Amigos. Os famosos “encrenqueiros” da sonserina.
Vou até o jardim para pegar um ar fresco, ficar um pouco só.
Me sento na grama, encostada em uma árvore. Observo os passarinhos voando, a água do chafariz saindo, o fraco vento batendo em minha pele e o sol reluzindo no ambiente; afastados de mim devido a sombra que a árvore está me proporcionando. Sensação de paz, estou me sentindo tão em paz que me entrego para um cochilo.