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Foi um ótimo dia de estudos e leituras, assustei-me quando olhei pela janela e vi o céu escuro, gostaria de passar mais cinco dias e cinco noites aqui; se eu pudesse, não pensaria duas vezes. Mas, o fim de semana está correndo, me reajustar na rotina da semana também é necessário.
Regulus foi embora há cinco minutos, sentiu sono enquanto eu quis ler mais um livro. Mas o que me chamou a atenção, foi um conto que estava procurando há um tempo para reler; ele estava nas mãos da garota que eu havia reparado quando cheguei. Andei com passos leves até a mesa ao lado, me debrucei no recipiente amadeirado com um sorriso.
— Eu adoro esse livro, terminei em dois dias. — sorri, e admirei sua capa verde-água, já tentando lutar contra a vontade de pegá-lo agora mesmo e reler. — É sua primeira vez lendo ele?
Ela se virou para mim vagarosamente, como se alguma palavra tivesse soado errado no ouvido dela ou algo do tipo. Jogou seu cabelo ruivo escuro para trás da orelha, e ajeitou sua postura como se estivesse saindo de um comportamento inferior.
— Por que está falando comigo? — ela sussurrou, fechou o livro de uma vez só, parecia me detestar e demonstrava isso com seus olhos enfurecidos.
— Por que eu não falaria com você? — fechei o livro que estava em minhas mãos também, talvez por uma reação natural.
— Porque sou uma sangue ruim e não tenho direito nem mesmo de te tocar. — ela tateou o livro pelo olhar fixo em mim, e jogou-o na mochila.
Enquanto ela sapateava biblioteca a fora — como se suas pernas trabalhassem por cerca de 10 quilômetros por minuto — parei para pensar naqueles olhos. Não tinha reparado naquilo a fundo, por um momento pensei até mesmo ser uma mera coincidência, mas foi provado agora que eu estava falando com Lily Evans. Por um segundo ela me lembrou Gina, mas seus olhos assustadoramente parecidos com o de Harry fizeram com que eu quisesse bater a cabeça na mesa por ter demorado tanto para reparar nisto.
Me levantei da cadeira completamente sem graça, mesmo que Lily não tenha falado num volume propriamente alto — apesar de parecer um tanto magoada. Devolvi o livro a estante que ele pertencia e fui buscar a quem precisava nesse castelo. O cochicho de alunos de diferentes casas na biblioteca devido ao que acabara de acontecer era apenas um som de fundo comparado aos meus sapatos batendo firmemente no chão, e minha cabeça continuava erguida apesar de tudo.
Fazendo meu caminho por aquele castelo de corredores infinitos, enfim senti conforto novamente após ver que estava na porta do dormitório de Black.
— Reg... — apenas falei, não bati, apenas esperei.
Com os cachos levemente bagunçados e com um pijama que poderia facilmente fazer com que eu apertasse sua bochecha e o perturbasse apenas para dizer que está adorável, ele atendeu a porta enquanto seus olhos sonolentos já me respondiam qualquer coisa que eu pudesse lhe perguntar.