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— E agora? — ele gritou, seus nervos estavam claramente à flor da pele e isso não era algo bom.
Nunca vi Regulus estressado antes, ele sempre foi calmo e teve gosto de resolver as coisas de maneira pragmática, um clássico calculista, mas que com o pouco de atitude expunha seus sentimentos mais complexos. Talvez ele estivesse aguardando o dia de explodir, ou quem sabe ser livre.
Talvez suas cordas sejam invisíveis.
Refleti demasiadamente sobre minha vida nesse tempo. Sinto uma falta tão grande de Harry, Rony e Hermione que sinto vontade de chorar, e com certeza seria a mesma coisa quando voltasse ao meu tempo; a saudade de Regulus me rasgaria por dentro, e eu pensaria nele o tempo inteiro.
— Regulus. — meus olhos encheram d'água, não tinha para onde correr.
Ele pegou o espelho que me trouxe para cá, parece que ele estava no seu bolso há tempos. O espelho continuava completamente igual, ele se reluzia na direção dos meus olhos, mas tive medo de encarar aquela vidraça e acabar voltando para meu tempo original — nunca me perdoaria caso isso acontecesse.
Os olhos dele não eram muito diferentes dos meus, seus olhos azuis estavam com a esclera vermelha, indicando que o garoto também estava tão sentimental quanto eu; ele não tinha vergonha de exibir o que sentia quando estava com quem ama, e isso constrói meu respeito absoluto por ele.
Ele atirou o espelho no chão, que quebrou em extensos pedaços. Minha boca se abriu quase em instantâneo, era vidro para todo lado e eu só conseguia pensar se Black estava ficando louco ou tendo um acesso de fúria, coisa que eu achava muito difícil. Eu posso ter a resposta de tudo nesse exato momento, não é porque o sentimento é importante que devemos deixar a lógica de lado, sempre adquirimos o resultado com a junção das duas virtudes, e eu aprendi isso na prática.
Meu corpo tremia e meus lábios lutavam para não se retrair e entregar o que eu estava achando sobre tudo aquilo.
— Por quê?
Ele não me respondeu, apenas abaixou-se para pegar o vidro mais extenso do chão e se levantou novamente; seu caminho até mim era acompanhado por um semblante decidido, arriscando-se ao otimismo. Seus olhos vermelhos agora eram acompanhados por um sorriso esperançoso, sensação gostosa de ver isso, mas com o coração ainda pesado.
— Eu esperei muito, Âmbar.
Observei com atenção o vidro sendo cravado em sua pele e arrastado impiedosamente, porém, com seus olhos azuis ainda fixos nos meus.
Não tinha uma maneira nem mesmo de me opor a isto, examinei delicadamente o sangue que jorrava e voltei o meu olhar para Black. Eu sabia que ele poderia pensar em coisas não muito usuais, mas também não imaginava que faria isto. Suas mãos pálidas entregaram-me o mesmo pedaço como se fosse uma pedra preciosa ou algo do tipo; eu não tinha nada a perder, e não sentia vontade alguma de questionar.