Eram as quartas de finais, Brasil iria jogar hoje, porém a Espanha não. Eu me trocava para ir ao jogo quando Pablo entra no quarto.

- Onde vai? - ele me olha de cima a baixo.

- NÓS vamos ao jogo do Brasil, se troca. - jogo uma camiseta em seu colo.

- Vini Jr? Nem ferrando. - a camiseta que dei a ele era com o nome de Vini.

- Eu tô brincando, a sua é essa. - ria de sua cara bravo, dando uma camiseta com o nome de Neymar.

- Você sabe que não pode usar a camiseta de outro jogador né? - a regra no contrato dizia isso.

- Eu sei, por isso a minha não tem nome. - me viro de costas. - Agora vamos, se não vamos nos atrasar.

- Seria tão mais fácil se eu tivesse escolhido uma espanhola. - ele reclamava enquanto eu puxava seu braço.

- Uma pena, meu amor. - já no elevador.

O caminho até o campo foi somente músicas brasileiras no rádio e por mais que Pablo fingia não gostar, dançava algumas e sorria ao ouvir.

Torcemos pela seleção brasileira até o fim, mas infelizmente eles perderam. Fiquei muito mal e voltei o caminho inteiro chorando e Pablo tentando me acalmar.

- Aquele juíz é um filha da put@ - me escorava no banco do carro.

Pablo ria da minha cara.

- Relaxa, sua hora vai chegar, Pablo! - digo brava com sua reação.

- Não vai não, meu amor! - ele me provoca.

Continuo chorando até Pablo parar o carro com tudo, respirar bem fundo e se virar para mim.

- Vocês já tem cinco troféus desse.

- Mas a gente queria mais um.

- Aí você quer demais né. - Sua mão limpava as lágrimas em meu rosto enquanto aqueles olhos grandes me encaravam - O que você quer comer?

- Comida italiana. - paro o choro na hora.

- Como você é cara de pau em. - ele se afasta.

- Obrigada, meu amor. - beijo sua bochecha.

Pela primeira vez saímos para comer aqui no Catar. Nenhum de nós falava essa língua, então foi tudo a base da mímica. Depois de muita comida, voltamos para o quarto de hotel.

Durante a noite, Pablo teve outra crise, um pouco pior dessa vez, sua respiração não acalmava de jeito nenhum. Pensei em ligar para a emergência, mas ele ficou com medo de não poder jogar.

- Vamos tomar um banho, pode ser? - vejo ele concordar com a cabeça.

Ligo o chuveiro no gelado, para acalmar os músculos dele.

- Vem. - ajudo ele a caminhar até o banheiro.

Tiro sua camisa enquanto estava apoiado na pia, abro o zíper de sua calça e por um segundo recuo, esperando que ele terminasse, mas ele estava concentrado em continuar respirando.

Puxo sua calça, a tirando, e levo ele até o chuveiro, onde acabo me molhando junto. O mesmo encaixou seu peso em meus ombros, ficando nessa posição até conseguir relaxar. Ouço o som de seu coração acelerado se misturar com o som da água que caia sobre nós. Sua respiração baixava de intensidade lentamente.

Ele se recompõe, vendo o quanto eu estava molhada, suas mãos puxam minha camisa para cima, me deixando apenas de sutiã e um shorts curto.

- Você se importa? - sua fala me fez sinalizar um não com a cabeça, com os olhos fixados nos dele.

Apesar de estar de cueca, o volume entre suas pernas me impressionavam. Me viro de costas para conseguir ficar de baixo do chuveiro com ele, o que me fez encostar em seu corpo nos arrepiando.

Nos ensaboamos de costas um para o outro antes de sair dali. Nos vestimos e deitamos de volta. Onde Pablo conseguiu dormir o resto da noite.

Sinceramente, não sei se aquilo foi real ou um sonho...

CONTRACT - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora