CONTRACT - Pablo Gavi

30

Estou engolindo todo meu orgulho para tentar dizer a ele o quanto o amo. É loucura parar para pensar que tudo nos levou a esse momento, só de imaginar que a Isa que assinou aquele contrato só pra poder jogar a final estaria aqui, esperando o cara do outro lado da mesa no estacionamento.

Penso duas vezes em fugir ao ver saindo do elevador com a cabeça baixa, ele ainda não me viu, mas já estou surtando ao imaginar sua próxima ação. Aí merda, e se ele disser que não me quer mais, e se ele já tiver superado?

Pego meu celular, digitando rapidamente para que dê tempo.

"Não vai cumprimentar?"

A mesma mensagem enviada por ele no começo é visualizada, sua cabeça se levanta com um sorriso enorme entre suas bochechas, nunca o vi tão feliz.

O frio na barriga continua até o mesmo chegar até mim, seus olhos gigantes me encaravam, acho que vou desmaiar.

- Pablo, eu... - tento dizer, mas as palavras se embaralham em minha cabeça.

Meu nervosismo me faz quase entrar em uma crise, mas seus lábios me atacam, seu beijo me acalma, de certa forma, finalmente poder senti-lo novamente fez com que o frio na barriga acabasse.

- Eu li que prender a respiração controla uma possível crise... - sua testa ainda estava colada na minha.

- Eu te amo. - as três palavras saem sem qualquer interrupção.

- Repete. - seu olhar caia sobre minha boca.

- Eu te amo, Pablo.

- Só mais uma vez, pfv. - suas mãos encaixam em meu rosto.

- Eu te amo, Pablo Gavira.

Ele me beija novamente, o calor de seu corpo me aquece, suas mãos me apertam, era como se eu fosse a pessoa mais segura do mundo naquele momento, em seus braços...

Naqueles minutos, parecia que nada importava, estávamos juntos, sem mentiras, sem contratos, apenas eu e ele em estacionamento vazio.

- Pode me dar uma carona? - pergunto, levantando minha cabeça para olhar em seus olhos.

- Quantas você quiser! - ele destranca o carro.

Os próximos minutos pareciam não ser reais, sua presença me deixou besta, conversávamos sobre várias coisas no caminho e sua mão não desgrudou da minha nem para trocar a marcha.

- Tchau, Pablo. - me solto do cinto quando seu carro é estacionado em minha porta.

- Tchau, Isa. - suas mãos me puxam para um beijo de despedida. - você aceita sair comigo? - sua sobrancelha abaixa.

- Quando?

- Hoje, passo aqui as 20h. - sua mão afastava meu cabelo do meu rosto.

- Estarei esperando. - deposito um último beijo em seus lábios antes de descer do carro.

Fico plena até entrar em meu apartamento, onde dou pulinhos de felicidade.

- Merda, acho que tô apaixonada.

Respiro fundo e pego meu celular, Júlia me mando mensagem perguntando como foi, eu e ela estamos conversando muito, nos tornamos boas amigas.