27

1.9K 125 4
                                    


Acordo ainda sem acreditar que realmente áquilo aconteceu na noite passada. Seu corpo estava agarrado ao meu, me viro para olhar em seu rosto, quando o mesmo acorda.

- Bom dia. - digo.

- Bom dia. - sua mão desce para minha coxa, que no momento, estava apoiada em sua cintura.

- Dormiu bem? - pergunto.

- Melhor impossível. - sua mão sobe para minha bunda.

- Vamos levantar, vai. - me levanto.

- Não! Fica aqui comigo! - seu braço rapidamente me puxa de volta.

- Temos que tomar café. - me viro, depositando um beijo em seus lábios.

- tá bom. - ele se levanta com uma cara de quem não queria estar fazendo isso.

Nos arrumamos e descemos. Quando chegamos na cozinha, todos estavam sentados na mesa, tomando café juntos, logo nos juntamos a eles.

- Que horas vamos sair hoje? - Nicole pergunta. - preciso saber um horário para começar a me arrumar.

- Acho que umas 23h tá bom. - Ferran diz.

- Acho melhor falar que saímos às 20h para elas ficarem prontas às 23h. - Fermin supõe.

- Sim. - Pablo concorda.

Sentamos de frente um para o outro. Seus olhos me ignoraram o café inteiro, enquanto os meus tentava decifrar os seus.

Nos arrumamos para almoçar fora, em um restaurante privado, Fermin e Maya vieram comigo e Pablo, mas na volta resolveram ir com Ferran, Nicole e Pedri.

Penso três vezes antes de abrir a minha boca para questionar o fato de Pablo me ignorar desde que levantamos da cama, estava brava com o fato dele fingir que nada aconteceu.

- Por que tá me ignorando? - pergunto, abaixando o volume da música do carro.

- Não é nada. - ele parece não ter dado importância.

- Não foi nada? - minha cara já entregava minha decepção.

- Foi até demais, Isabela. - Já não me agradava sua forma de dizer meu nome naquele momento.

- Ok, Pablo. - cruzo meus braços prometendo a mim mesma a não me humilhar.

Ele foi um completo babaca. Na noite passada dividimos prazeres, já no almoço, parecíamos completos estranhos.

Resolvi devolver na mesma moeda, não nos comunicamos o resto do dia. Me arrumei com as meninas a noite, colocando meu vestido preto colado, eu amo o quão gostosa eu fico nele.

Descemos para ir, recebendo aplausos dos garotos, Pablo parecia hipnotizado em meu corpo, mas mesmo assim tentava não olhar, parecia que eu era algo proibido para ele.

Ferran dirigiu o único carro que iríamos, logo o mesmo seria o único sóbrio naquele dia.

A festa estava lotada, todos dançando animados, mas infelizmente ficamos no camarote. Eu só queria descer para a pista, todos animados e felizes, mas ao meu redor só tinha algumas pessoas com o nariz empinado demais.

Puxo Nicole e Maya para dançar, sendo as únicas animadas naquele lugar. Vejo Pablo virar vários shots de tequila com os amigos só imaginando aonde isso iria acabar.

Sinto um braço me puxar para um corredor vazio, Pablo finalmente parou de me ignorar. Estamos sozinhos, sua boca exalava cheiro de álcool puro, seus olhos tentavam não olhar nos meus.

- Eu não queria ter te ignorado. - sua fala parece enrolar.

- Ah não? - debocho.

- Eu não posso me apaixonar por você. - seus olhos finalmente se encontram com os meus.

- Isso é patético, Pablo. - reviro os olhos. - Já entendi. - tento sair dali.

Mas seus braços me impedem, me puxando em um movimento rápido. O mesmo já gruda seus lábios nos meus, mas minha raiva por ele era tanta, que o empurro.

- Sério Pablo? Vai agir como um garoto que não sabe controlar suas próprias emoções? - tiro o copo de sua mão. - você tem uma chance de me falar que merda tá acontecendo.

- Porra, Isabela! Eu tô apaixonado por você, quando voltamos do Catar eu já estava louco por você e seus pais me fizeram ficar mais ainda, você é perfeita e eu odeio o fato de ter te conhecido por uma merda de um contrato. - apesar da fala enrolada, consigo decifrar suas frases.

Pablo Martin Paez Gavira acabou de se declarar bebado para mim???

- Acho que tá na hora de ir. - minha falta de reação me faz dizer isso.

- Sério? Acabei de dizer que te amo e você quer fugir? - suas sobrancelhas se juntam.

- o contrato acaba em 3 dias, Pablo.

- Está contando os minutos né? - sua expressão de raiva aparece. - Como fui tão idiota. - ele se retira dali.

CONTRACT - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora