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Como prometido, eu e Nicole nos arrumávamos juntas no quarto de Ferran para uma balada clandestina enquanto os jogadores participavam de um jantar/ reunião de trabalho.

Como Ferran pegou carona com Pablo, Nicole roubou as chaves do carro de seu ficante para sairmos sem eles saberem.

Curtimos muito em um lugar legal, tocava muito eletrônica, era um ambiente todo neon e tinha muitas bebidas diferentes, então decidimos que iríamos beber todas.

- Acho que eu tô bebada. - Nicole fala enrolado.

- Eu também. - Riamos.

Do nada um cara se aproximou de nós, falando nada com nada.

- Ele perguntou quantos camelos vocês valem. - a garçonete traduziu a fala do cara.

- Diga a ele que eu não sou puta, para deixar nós em paz. - digo enrolada.

- Ele disse que gostou de vocês, que daria muito dinheiro por vocês. - a garçonete.

- Diga a ele que meu marido é jogador de futebol. - falo, fazendo Nicole rir.

- Ele perguntou de qual time.

- Barcelona e da seleção espanhola. - quando a garçonete traduziu a ele, vejo sua cara de surpresa.

- Ele disse que sente muito, que não queria incomodar.

Quando o mesmo se afasta, caímos na gargalhada até eu ver o nome do meu tal "marido" brilhar na tela do meu celular.

*ligação on*

- Isabela, aonde você está? - ele parece bravo.

- Está bravo, meu amor?

- Essa música de fundo? Está em uma balada?

- Talvez

- Está com Nicole? Voltem logo.

- Calma, meu amor! Deveria me valorizar mais, um cara acabou de querer me roubar de você.

- Você já está bebada né?

- Sabia que eles tem uma bebida chamada Pinto? É engraçado porque vem em um copo grande e grosso.

- Estou indo te buscar.

- Boa sorte em me encontrar.

*ligação off*

Infelizmente não existem muitas baladas clandestinas aqui, o que levou 20 minutos até Pablo me encontrar, fazendo um segurança me arrastar pela balada junto com Nicole até o carro.

Nicole foi com Ferran no carro dele e eu fui jogada no carro de Pablo.

- Que segurança estupido. - me viro para Pablo.

- Boa noite, Isabela. - Sua mão estica, colocando o cinto em mim.

- Boa noite, Pablo. - cruzo os braços.

Não trocamos uma palavra até chegar no hotel, ainda estava muito mal, mas consegui andar até a cama, me jogando nela.

- Vai tomar um banho. - Pablo.

- Não quero. - sinto suas mãos tirarem o meu salto.

- Vamos lá, Isabela! Você não é mais uma criança. - ele me puxa pelos braços.

- Eu não quero tomar banho. - cruzo os braços.

Em um empurrão Pablo me joga para dentro do banheiro, puxando a porta para que eu não abrisse.

- Pablo, pfv! Deixa eu dormir! -grito.

- Está tarde, não grita!

- Eu vou gritar até você abrir essa porta! - bato na porta.

- Toma banho que eu abro! - sua fala me faz revirar os olhos.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, a maçaneta ainda estava para baixo, então ele ainda a segurava. Começo a tirar meu vestido e a prender meu cabelo até a porta ser aberta.
Seus olhos caem diretamente para meu corpo por um segundo, até o mesmo fechar a porta novamente.

- Que isso??? Seu tarado! - tento me cobrir com as mãos.

- Eu achei que tinha desmaiado! - sua voz deixa nítida seu nervosismo.

- Abre essa porta que agora eu vou te matar! Seu tarado! - bato na porta.

- Sem roupa? Fica a vontade. - ele solta a maçaneta, mas não ouso sair daquele banheiro sem roupa.

Tomo o meu banho com calma após o mesmo se afastar da porta, e quando vou me deitar, Pablo já estava roncando.

CONTRACT - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora