Capítulo 15

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Não importa quanto tempo as pessoas vivam, sempre ira ter algo ou alguém com que as mesmas não consigam viver sem. Desde muitos novos os humanos vão se apegando com diferentes coisas, e na maioria das vezes de se apegam a algo, se esquecem do antigo apego. É assim que se segue a roda da vida. E Vegas nunca pensou que um dia iria se apegar a alguém do jeito que se apegou a Pete. Normalmente o Theerapanyakul passava dias, meses e até anos obcecado com algum objeto, normalmente era alguma arma nova que lançava no mercado, mas nunca uma pessoa... Quer dizer, só se fosse para matar, mas para se conviver, nunca. Pete havia, e ainda é o primeiro, e único.

Só tem um problema quando você se apega muito a certas coisas e pessoas, normalmente eles somem depois de um tempo, ficando apenas um sentimento de vazio por longos e longos tempo. E quando Vegas subiu as escadas e viu Pete no chão com uma poça de sangue ao lado se sua cabeça, o Theerapanyakul sentiu o verdadeiro sentimento de perda, nem quando seu pai morreu, ele sentiu tal coisa. Era como se várias facas afiadas entrassem de uma vez lentamente várias e várias vezes em seu corpo. Agora ele conseguia entender a dor que as pessoas sentiam quando ele as torturavam, era algo inimaginável.

E por meros segundos ele viu diante de seus olhos todos os momentos felizes que passou ao lado de Pete, e em como aquele homem era a pessoa que ele nunca conseguiria viver sem. O apego era real, e genuíno.

— Pete? — Vegas chamou assim que caiu de joelhos ao lado de seu namorado desacordado. — Pete. — Chamou com uma voz fraca e as lágrimas já escorrendo. — O que aconteceu, meu amor? — Pega o corpo de Pete, e o colocando em seu colo. — Fala comigo. Eu quero que abra os olhos e diga que está tudo bem. — Sacode Pete. — Pete... Vai... Vai ficar tudo bem. — Fungando ele pega Pete no colo e corre escada abaixo, chegando no segundo andar o mesmo pega suas chaves sai da casa sem nem ao menos fechar a porta. Ele não tinha tempo para essas coisas mundanas, neste momento deixar Pete vivo era sua prioridade.

E depois de cinco minutos, que para Vegas, pareceu cinco séculos ele enfim estaciona o carro de qualquer jeito, em frente ao hospital da família Theerapanyakul, e com agilidade desce do carro e abre a porta de trás, pegando Pete que não mais sangrava na cabeça, já que o sangue havia secado, deixando apenas linhas assustadoras de carmesim manchando todo o seu rosto e parte da roupa. Chegando na entrada do hospital, as enfermeiras assim que avista que um membro da família acabara de adentrar o local, as mesmas correm para ver o que tinha acontecido.

Vegas começa a falar nada com nada, em meio a um grande desespero, e depois daquilo, as coisas aconteceram muito rápido. Pete foi tirado de seus braços e posto em uma maca, e quando enfim Vegas saiu daquele transe, Pete já não estava mais em suas vistas, e foi naquele momento que o grande e temido Vegas Theerapanyakul se deixou cair no chão branco e limpo do hospital e derramar lágrimas atrás de lágrimas.

(...)

Pete abre os olhos lentamente e olha em volta confuso, ele não sabia onde estava, mas pelo menos tinha algo que era familiar. Sentado em uma cadeira e com a cabeça deitada na cama, enquanto segurava sua mão direita, estava Vegas. Dava para ver de longe que aquela posição não era nada confortável.

Observando melhor a sua volta, Pete enfim percebe que estava em um quarto extremamente luxuoso. Do lado direito havia uma janela gigantesca com cortinas brancas, e ao lado das janelas uma mesa um pouco bagunçada com livros, remédios, curativos e outras coisas que Pete não conseguiu identificar. Quando voltou seu olhar para o lado esquerdo, ele pode avistar uma enorme estante, que pegava quase toda a parede, e naquele momento ele percebeu de onde vinha todos aqueles livros que Vegas deixava espalhado pela casa.

Cansado de ficar deitado naquela cama, Pete puxa sua mão devagar para não acordar Vegas, mas como se pressentisse o que se passava pela mente de Pete, o Theerapanyakul que estava dormindo, abre os olhos e se levanta em um sobressalto.

Flowers And Death - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora