Flowers And Death - VegasPete

Capítulo 11

Neste momento o grande Vegas Theerapanyakul estava jogado em seu enorme sofá, ele nem ao menos se mexia, só sabia que o mesmo estava vivo, pois sua respiração era ouvida. E às vezes suspiros saiam de sua boca. Macau olhava para aquilo com estranheza, ele nunca tinha visto seu irmão em tal estado, nem quando seu pai morreu Vegas teve alguma mudança de humor, ou de personalidade, mas ali está ele, vendo uma raridade diante de seus olhos.

— Você está bem? — Macau pergunta enfim se aproximando de seu irmão.

— Melhor que nunca. Não está vendo? — Responde sem nem ao menos piscar, era como se Vegas estivesse no automático.

— Pete te deu um fora de novo?

— Ele não deu um fora.

— Então vocês terminaram, e ele não te deu um fora?

— Ele só quer um tempo. — Enfim olha para seu irmão. — O que você quer?

— Nada, só quero saber em que estado você está.

— Estado de quase morte pelo visto. — Kimhan fala entrando na sala enquanto digita no celular.

— Ele ainda está aqui? — Se senta do sofá e encara Kimhan. — Isso não importa agora. — Se levanta do sofá pegando as chaves na mesinha de centro.

— Para onde você vai?

— A muralha da China não foi construída em um dia.

— O que isso tem haver com o seu não relacionamento com Pete? — Macau pergunta olhando para seu irmão, como se o mesmo tivesse enlouquecido.

— Tenho que tentar até conseguir, não importa quanto tempo demore, irei mostrar para Pete que eu realmente o amo, e que estou arrependido. — Sai de seu apartamento assim que terminar de falar.

— Ele enlouqueceu. — Kimhan fala se sentando no sofá que Vegas estava deitado antes.

— Vegas apenas está apaixonado e não sabe como proceder. — Suspira. — Tenho medo que ele se machuque, e aca... — Macau não termina sua frase, após o toque de celular de Kimhan toma sua atenção.

— Alô... Poderia repetir... SEU GRANDE IDIOTA, COMO PODE DEIXAR ISSO ACONTECER. — Se levanta do sofá e começa a andar de um lado para o outro. — Foda-se que estou gritando com seu namorado idiota. — Passa a mão pelos cabelos, depois fecha os olhos respirando fundo. — Chego em menos de meia hora. — Desliga e respira fundo de novo.

— O que houve?

— Chay sumiu, e aqueles dois idiotas não sabem onde ele está.

(...)

Vegas estaciona sua mota na frente da casa de Pete, e desce tirando seu capacete, ele encara aquele portão por onde entrou tantas vezes e naquele momento o mesmo parecia tão assustador. Vegas não queria mais saber de vingança, que se fode-se os Theerapanyakul e toda a sua merda milenar, ele poderia muito bem viver sua vida ao lado de Pete, e sua paixão inestimável por flores, ou como o mesmo gosta de dizer... Suas filhas.

Sim, Vegas já se imaginou vivendo rodeado de flores e Pete ao seu lado. Os dois cuidado daquela floricultura, acordando cedo, tomando café da manhã juntos, fazendo todas aquelas coisas que casais super açucarados fazem e que deixam as pessoas que os assistem de longe com inveja.

Ele queria ser apenas de Pete, e que Pete fosse apenas seu.

Vegas não queria apenas definhar em seu apartamento enquanto se lembrava dos momentos felizes que viveu com Pete. Ele não iria viver de lembranças toda vez que fechava os olhos, o Theerapanyakul queria os abrir e a primeira coisa que almejava ver era Pete em sua frente, não apenas uma lembrança em sua mente. Então aquela noite seria o dia, ele iria trazer Pete de volta para sua vida, e enfim parar de se lamentar por seu apartamento enquanto sonhava com lembranças.