Capítulo 06

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— Onde você foi? — Macau pergunta assim que Kimhan entra em seu quarto. Porschay estava dormindo ao lado com sua cabeça em cima das pernas do irmão de Vegas.

— Tive que resolver umas coisas. — Se senta na poltrona que estava disposta ao lado da cama. — Achei um lugar para deixá-lo enquanto tudo isso não termina. — Aponta para Porschay.

— E onde seria isso? — Acaricia os cabelos do namorado.

— O casal morte. — Diz como se fosse algo normal se encontrar com esse casal e ainda sobreviver para contar história. — Como você está?

— Não foi nada demais, isso não iria me matar... Ainda tenho que ver o velho de seu pai morrer. — Sorri de lado. — Iremos deixar Chay com eles?

— Meu pai não ousaria mexer com eles. — Encara Porschay. — Aquele lugar é o mais seguro, quando tudo isso acabar poderemos viver nossas vidas sem medo de ter um velho louco que possa nos matar... E assim a segunda família volta para o herdeiro legítimo.

— Faz tanto tempo essa briga, que nem me lembro mais como é viver sem medo. — Encara Porschay, que ressonava baixinho. — Não tenho medo por mim, mas sim por Chay, você e meu irmão... Vegas mudou muito, ele às vezes nem parece o meu irmão... É como se ele fosse um soldado sem comandante, e que a qualquer momento pode apertar o botão de uma bomba e explodir tudo.

— E onde exatamente ele está? — Quando Kimhan entrou no apartamento pensou que encontraria a cara de idiota de Vegas, mas para sua surpresa só estava apenas seu namorado e o namorado de seu namorado.

— Ele criou um plano maluco, que eu tenho certeza que irá acabar com seu resto de sanidade.

— Eu pensei que ele nem tinha mais. — Kimhan solta uma meia gargalhada. — Mas qual é esse plano?

— Ele por acidente encontrou um cara que é amigo de Porsche, e vai usar isso para chegar no mesmo. — Balança a cabeça enquanto revira os olhos.

— Em que momento ele achou que isso seria uma boa ideia? — Kimhan pergunta enquanto se lembrava de quando fez quase a mesma coisa com Porschay, e olha onde ele está agora, totalmente rendido pelo mesmo.

— O que seria uma boa ideia? — Porschay abre os olhos e levanta a cabeça do colo de Macau. — Quando eu adormeci?

— Não faz muito tempo. — Macau diz com carinho beijando a testa de seu namorado.

— Eu que deveria estar cuidando de você, não o contrário. — Um bico de formar nos lábios de Porschay, enquanto o mesmo se encosta na cabeceira da cama cruzando os braços.

— Você cuidou muito bem, olha como estou bem melhor. — Sorri, tentando convencer o mais novo.

— Mentiroso, sei que deve estar com dor.

— Eu nunca mentiria para você. — Aperta as bochechas de seu namorado.

— Tá, vamos parar com isso. — Kimhan interrompe.

— Que foi? — Macau se vira para seu primo. — Está com ciúmes?

— Claro que não seu idiota... Só temos coisas para fazer. — Revira os olhos se levantando. — Temos que levar Chay para sua nova casa.

— Nova casa?

— Explicamos no caminho.

(...)

Fazia dois dias que Vegas não aparecia, e Pete sem perceber ficava esperando o mesmo dar o ar de sua graça. Mas se alguém perguntasse sobre, ele diria que apenas estava em alerta, e que não sentia nada em relação aquele homem.

Flowers And Death - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora