Capítulo 29

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ALGUNS MESES DEPOIS

Faltava três semanas para Pete completar nove meses de gestação.

A noite parecia tranquila no apartamento de Vegas e Pete. As suaves luzes do abajur iluminavam o ambiente, enquanto eles relaxavam no sofá, assistiam a um filme qualquer que estivesse passando na TV. Pete estava deitado, com a cabeça no colo de Vegas, e ele acariciava seus cabelos de leve, sentindo-se grato por esse momento de paz depois de tudo que havia acontecido nos últimos meses. A gravidez, já no final, teve um desafio emocional e físico, especialmente após o sequestro e as complicações que quase colocaram os bebês e a se, em risco de morte.

Pete riu do que passava na TV, Vegas riu junto, inclinando-se para beijar sua testa. Pete suspirou e fechou os olhos, aproveitando a sensação de estar em casa, com Vegas ao seu lado. Por um momento, tudo parecia normal. Mas então, sem aviso, Pete sentiu uma pressão estranha e um pequeno estalo dentro de si. Ele abriu os olhos de repente, e quando olhou para baixo, viu que o sofá estava ficando molhado.

— Vegas... Acho que os bebês vão nascer.

Vegas arregalou os olhos, piscando algumas vezes enquanto tentava processar a informação que seus ouvidos acabara de ouvir. Pete se sentiu no sofá e Vegas se levantou e encarou seu namorado em choque. E quando enfim tomou consciência do que estava prestes a acontecer, ele começou a andar de um lado para o outro, vasculhando as coisas que precisava ser levado para o hospital.

Pete soltou uma risada nervosa. — Tente perto da porta. — Pete falou com calma. As dores da contração não estavam tão fortes.

Vegas deu uma olhada para a porta, viu a mala onde Pete disse que estaria, e soltou um suspiro de colapso. — Ah, certo... claro. — Ele correu para pegar a bolsa e, depois de alguns momentos de pânico, encontrou as chaves no lugar habitual, dentro da vasilha que ficava em cima da mesa perto da porta de saída. Ele respirou fundo, tentando se rir. — Tudo bem?

Pete assentiu, mas quando tentou se levantar, uma dor aguda o atingiu, fazendo Pete se sentar de uma vez.

Vegas correu até ele e o ajudou a se levantar com cuidado. — Devagar, devagar... estou aqui, amor. Respira fundo, ok? — Ele a segurou firme enquanto seguiam para o elevador, tentando não fazer movimentos bruscos.

A trajetória até o carro pareceu durar uma eternidade, e Vegas sentiu o coração batendo na garganta. Ele colocou Pete no banco do passageiro, ajustou o cinto de segurança, e deu um sorriso encorajador. — Só mais um pouco. Vamos chegar ao hospital em um instante.

Enquanto isso, Pete massageava sua enorme barriga de quase nove meses, e ao mesmo tempo fazia um exercício de respiração que seu médico havia ensinado.

— Você está indo bem. — Vegas disse, tentando manter a calma na voz. — Estamos quase lá.

Pete assentiu, mas seus olhos estavam começando a lacrimejar, não de dor, mas de emoção e nervosismo. — Eu estou tão assustado, Vegas... e se... e se algo der errado?

— Ei. — ele disse, pegando a mão de Pete rapidamente e apertando-a antes de voltar a atenção para a estrada. — Nada vai dar errado. Estou aqui. E os médicos já estão esperando por nós. Eles sabem o que fazer. Você é forte, e nossos bebês são fortes. Tudo vai ficar bem.

Finalmente, as luzes do hospital apareceram à frente, e Vegas soltou um suspiro de alívio que ele nem sabia que estava segurando. Ele estacionou o carro de forma meio desajeitada, sem se preocupar com a precisão, e correu para ajudar Pete a sair. As enfermeiras que estavam de plantão na entrada chegaram ao encontro deles rapidamente.

— Parece que temos um bebê a caminho! — disse uma das enfermeiras com um sorriso caloroso, enquanto Pete estava sentado em uma cadeira de rodas.

— Na verdade, são dois. — Pete corrigiu em meio de um sorriso misturado com uma face de dor.

Flowers And Death - VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora