Flowers And Death - VegasPete

Capítulo 01

Pete Pongsakorn era dono de uma pequena floricultura que ficava na parte mais afastada do centro de Bangkok, poucas pessoas sabiam daquele lugar, e ele fez para ser exatamente assim, para apenas as pessoas apaixonadas ou perdidas o encontrarem, era uma maneira de destino.

O terreno era amplo, com bancos onde pessoas poderiam se sentar e uma pequena casinha onde ficava utensílios para fazer café ou chá, então quem ia ali poderia apreciar o ambiente enquanto relaxava com uma xícara de café ou chá, e quem sabe no fim do dia poderia comprar flores e entregar para sua pessoa amada. Pete construiu aquele lugar pensando em tudo, ele era uma pessoa sonhadora, que viajava em histórias de amor, e foi por várias dessas fantasias que construiu seu negócio do zero.

Ele plantou todas as plantas que tinha naquele lugar, das flores as árvores frutíferas e não frutíferas. E toda santa noite, o mesmo regava cada uma e ainda conversava com elas, ele sempre dizia para seu amigo Porsche que falar com as plantas ajuda as mesmas a crescer melhor, além de ser um ato curativo para a mente, uma forma de tratamento psicológico. Até o momento isso está funcionando, já que suas plantas crescem mais bonitas do que em outros lugares, e sua mente está a mil maravilhas, com um humor invejável. E isso é outra coisa, a vida de Pete parece algo tirado de uma fic de romance açucarado, onde tudo na vida do protagonista dá certo, o mesmo quase nunca tinha dificuldades na vida, e quando aparecia alguma, no momento seguinte já vinha com uma solução para tudo. E ele sempre resolvia tudo com um lindo sorriso no rosto, e já mais culpava ninguém pelos seus erros, ou descontava em alguém o seu mau humor, se bem que quase nunca Pete ficava de mal humor.

E não seria diferente naquele dia, Pete já estava em seu jardim, cuidando de suas flores quando começou a chegar clientes, eles se espalharam pelo jardim, se sentando nos bancos, ou apenas estendendo uma toalha na grama, onde se sentavam com cestas de cheias de comida, e outras pessoas vinham até se, para compras flores para seus amados. Ele atendia todas as pessoas com um gigantesco sorriso no rosto. Sua loja era limpa e aconchegante, todos que estravam ali, tinham um sentimento bom e puro, era como se tocasse o nirvana. Sentiam uma forma de utopia.

Porsche sempre dizia que Pete era um tipo de bruxo, que enfeitiçava suas flores, e que quando as pessoas cheiravam elas, as mesmas inalavam drogas alucinógenas, Porsche era uma criatura um pouco peculiar, e meio insana às vezes. E não, Pete não é um bruxo, ele apenas ama seu trabalho e o faz bem feito, ele tem certeza que se estivesse fazendo outra coisa não teria toda essa alegria diária em sua vida.

As horas foram passando, e a noite já caía, ele segue até o interruptor que ficava escondido no fundo de sua loja, e o empurra para cima. Ele sai de lá de dentro seguindo para o lado de fora, onde as luzes se acendiam e a fonte que ficava no meio do gigantesco jardim começa a jorrar água, sim, aquele lugar era mais lindo à noite do que de dia. Muitas das pessoas preferiam vir nesse horário.

Vocês devem estar se perguntando de onde Pete tira dinheiro para manter esse lugar, já que não comprar ingresso e muito menos pela bebida, ele apenas vende as flores, e venda de flores não conseguiria pagar tudo.

Quem vê toda a felicidade de Pete, não imagina que seu passado é cheio de sangue e lágrimas.

Seus pais morreram tragicamente em um acidente de carro. Era uma manhã como outra qualquer, quando seu pai e sua mãe saíram de casa, seu pai iria trabalhar e sua mãe seria deixada pelo menos no shopping, mas parece que o carro estava com defeito, então seu pai perdeu o controle do carro, bateu em uma arvore e o carro explodiu, os dois não conseguiram sair de dentro, os corpos ficaram irreconhecível de tão carbonizados que estava. 

Pete tinha dezesseis anos, e em uma semana ele era apenas um garoto rico com uma família perfeita, já na outra, se tornou um adolescentes órfão e com muito dinheiro em sua conta, que não sabia como gastar. Após um ano de pura depressão seu amigo Porsche se cansou de ver seu amigo definhando, então o jogou embaixo do chuveiro enquanto brigava com Pete por quase uma hora. Só assim para Pete tomar consciência e perceber que tinha muito tempo de vida, e que usaria isso para ser feliz e fazer outras pessoas felizes. Na semana seguinte ele já começou a construir o que hoje se tornou a Lótus.