C50. Se ela se perder a culpa é sua

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Tivemos uns trinta minutos de voo para finalmente voltar a pisar em terra firme. Mais carros pretos esperavam pela gente na própria pista de pouso, cada um entrou no seu e eu óbvio segui o Johnny.

Dentro do carro, Johnny sentou atrás do motorista e eu atrás do banco do passageiro. E se não era pra minha surpresa um velho amigo controlava o volante.

- Charlie! - sorrir de orelha a orelha.

- Olá! - ele acenou dando um sorriso tímido.

- Oi também. - disse logo em seguida levantando a mão dando um "tchau" mostrando que estava ali do lado.

- Oi Malcolm. - respondi a ele no mesmo tom alegre, dando um toque no seu braço como cumprimento.

É bom ter essa pequena intimidade com eles (mesmo que não seja algo muito grande) manter uma comunicação com seguranças ajuda não me sentir uma completa estranha entre eles.

Pelos vidros vi que os carros do Tommy, Glen, Chris e Robert mantinham os vidros abertos. O sol da primavera estava amostra quase sem nuvens. Com tempo nosso carro parou, pelo vidro pude ver a razão, o carro que continha Alice Cooper e Joe Perry parou em frente a um local. Eu não consegui reconhecer se era um hotel ou um restaurante era difícil de ver ou ler alguma coisa, sabia que estávamos no centro da cidade pelas lojas e os prédios em volta. Havia pessoas ao redor que vibravam feliz em nossa direção, elas estavam atrás dos seguranças locais que vigiavam mantendo o controle. Mesmo não sendo tumultuado ou algo do tipo.

O carro da frente saiu e o nosso foi pra onde ele estava, era nossa vez de sair. Johnny desceu do lado da calçada e eu resolvi sair na mesma porta que a dele, pois a minha dava direto na rua movimentada.

De cochichos aleatórios as vozes das pessoas mudaram ao ver Johnny Depp ali, o chamando para abraços e selfies. Vi que ele foi para o lado esquerdo onde às pessoas estavam e assim que eu saí do carro vejo olhares curiosos do lado direito. Era como Tommy tinha dito; eu vou ser fotografada em algum momento, se já não fui agora mesmo. Malcolm foi até o John, e Charlie pôs a mão nas minhas costas me conduzindo à entrada do local.

- Vamos. - ele disse pra mim em meio a gritaria. - Você e eu entramos!

Passamos pela portaria de vidro e andamos para longe do caos.

- Esse é o hotel que tanto falaram? Imaginei diferente.

- Não, viemos pra cá apenas pela hospedagem. Vocês vão encontrar o resto da equipe aqui, acredito que todo mundo vai se reunir durante o jantar. Até lá vamos descansar e só então à noite iremos pro hotel que fica ao lado do show.

- Certo, entendi.

- Vou pegar as chaves fique aqui.

Confirmei e voltei meu olhar em direção aonde tinha vindo esperando Johnny aparecer. Será que ele vai demorar? Charlie voltou me entregando a chave do quarto, perguntou ser eu queria alguma e respondi agradecendo que não.

- Então tudo bem eu sair e você ficar por aqui?

- Tá sim. - confirmei e ele saiu lá pra fora.

Eu queria ir junto, queria muito ver de perto como era esse contato, mas imaginei que nenhum dos caras iria gostar que eu saísse agora, então me sentei no sofá que tinha.

Fiquei vendo os detalhes da chave na minha mão quando meu olhar é puxado pra cima vendo o Johnny carregando uns oito buquês de flores nos braços. Eu rir dele daquele jeito não consegui segurar.

- Olha o que eu ganhei.

- Você está bem? - perguntei indo até ele.

- Estou sim. Você tem as chaves?

Johnny Depp: Minha Sweet ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora