C39. Achei que não fosse me convidar

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Desligo as luzes do estúdio e volto para o meu quarto editando o vídeo com de sempre legenda, sincronia, áudio luz e posto o cover. Arrumo minhas coisinhas na mesa ao mesmo tempo escuto som de carro chegando, finalmente. Desço para vê-lo e sinto cheiro de cigarro por todo seu redor. Ele sorriu fechado me dando um beijo na bochecha.

- Oi minha linda. - estranhei surpresa.

- Onde aprendeu isso?

- Não sei, por aí... agoranavolta. - ele disse rápido passando por mim. - Tenho algo pra lhe mostrar mais preciso de um banho antes não quero sujar você.

- Tudo bem eu espero, não se preocupe... Você está bem? - ele acenou.

- Estou sim. - deixei-o ir.

Subiu as escadas e eu fui para cozinha pegar um sachê para o Baymax fiquei com ele esperando e nem vi os minutos passar. Olhei no relógio e deu tempo do Johnny já ter terminado. Saí dali a procura do homem e quase esbarrei nele em frente a escada.

- Aí está você! Vamos quero ver como foi o seu trabalho. - ele pegou minha mão levando para biblioteca.

Entramos lá e ele mantinha uma expressão engraçada pensante.

- Hum.... huhum... hãm... é.

Soltei um ar de riso.

- O que? Você gostou ou não? - olhou pra mim.

- Claro que eu gostei.

Ele sorriu se aproximando com um abraço e um beijo, agora ele cheirava a sabonete e isso é tão bom... tão gostoso e... ele parou.

- Aqui. - me entregou um papel dobrado no formato retangular. - Acho incrível a simplicidade apenas com um QR Code. Você só precisa passar a câmera do seu banc...

Ele falava enquanto abria o papel e para tamanha surpresa era mais do que eu esperava.

- Johnny...

- Algo errado?

- O que é isso? Não tá certo.

- Ah eu não modifiquei o euro, eu deveria ter colocado em dólares? - ele parecia preocupado. - Sinto muito posso trocar amanhã.

- Isso tá em euro? - quase gritei. - Jesus... como faz... como você fez isso?

- Só pedi pra minha equipe fazer um cheque pra mim, nada demais. - sorriu dando de ombros.

- Não, não é isso. Digo essa quantidade Johnny é exagerado, não era o que estava esperando.

- Você acha? - se esticou verificando o papel com olhar. - Eu não acho, é o que eu pago aos meus funcionários. E você arrumou minha biblioteca então...

- Mais eu não fiz nada. Apareceu um cara aqui dizendo que foi mandado por você! - apontei pra ele. - Arrumou tudo com bastante habilidade a propósito.

- O que?? Eu?? Como ousa? - ele estava indignado.

- Eu só... - desisti de tentar brigar, olhei pro papel negando.

- Ei... - se aproximou erguendo minha cabeça e me abraçou colocando seu rosto entre meu pescoço dando beijinhos.

- Você tem certeza que quer dar isso pra mim?

- Eu não tô dando, estou te pagando. E a propósito é bem antiético estar assim com uma funcionária... - soltei um ar de riso, se afastou olhando pra mim. - Veja se é o suficiente e me diga.

- É mais do que suficiente, você não sabe que a moeda do meu país é bem diferente?

- Na verdade eu não lembrava.

Johnny Depp: Minha Sweet ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora