C28. Internet : part.4/4

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18:50 da Noite. SEXTA-FEIRA

Ainda no carro liguei a internet do meu celular a procura de uma resposta do Charlie, mas ele nem tinha me visualizado ainda, porque demora tanto? Ao longo do dia fiquei deslizando várias notificações dos Apps, cliquei nas configurações na intenção de silenciá-los, e depois que resolvi abrir minhas redes tomei um susto com a explosão de seguidores, no último mês estava entre 15 e 20mil (o que pra mim considero muito, sendo que comecei com duas pessoas Val e Jazz) e de Ontem para Hoje cheguei a 160mil mano como assim?! Eu não fiz nada, só cantei uma música. Fui ver os comentários tentando entender esse surto, notando outros idiomas espalhados.

* É pro Johnny tenho certeza

* Mano que letra linda

* Coragem se declarar em pleno resultado da perda

* Coragem mesmo porque noção não tem

* Essa menina só quer atenção

* ELE TA SEGUINDO ELA AAAA

* Gente acabou os piratas, eu não tô bem

* Disney filha da puta

Dois me chamaram atenção. Primeiro Johnny me seguindo? Fui até as notificações e encontrei uma no meio de centenas, lá estava tinha até hora marcada 04 da Manhã de Sexta, foi antes de eu acordar e ver aquela mensagem que o próprio apagou. Estava chegando no destino, saí do Insta abrindo o google pesquisar sobre os Piratas do Caribe, alguns estavam xingando muito a Disney e vendo o motivo lá estava a bomba. Johnny foi retirado do papel de Jack Sparrow.

- Ah não mano!! - pus a mão no rosto sussurrando. - Meu Deus.

O Carro parou e o motorista me ajudou a tirar as duas malas colocando no chão. Peguei a bolsa do violão e da guitarra entregando pra Valéria que apareceu na porta e peguei os últimos que restava, meu ukulele e minha mochila.

- Caramba veio se mudar pra cá? - Jessica disse assim que me viu entrar.

Rir negando. E suspirei.

- Trouxe de volta a guitarra e o violão.

- Mais são seus Annie, foi um presente.

- E eu agradeço... mais meu pai proibiu de tocar. Trouxe meu ukulele comprei faz um tempo, posso guardar aqui com vocês também? Não quero que ele encoste e quebre.

- Quebrar? Como assim? - Valéria não tava entendendo nada.

Eu não sabia nem como falar isso pra elas.

- Ele enlouqueceu. Não sei, você sabe que do nada ele tem esses piti. E agora cismou que não quer me ver mais tocando ou perdendo tempo com isso.

- E você vai aceitar? - Jazz me questionou. - Achei que fosse seu sonho.

- E é, mas não vou confrontá-lo. Não sou louca. O que quer que eu faça? A melhor coisa que eu fiz foi juntar tudo que eu acho importante pra mim aqui. Eu não tenho onde guardar em casa.

- Imagina, é óbvio.

- Obrigada. É só... meu instrumento, meus presentes que ganhei de aniversário dos fãs e do Johnny. Certeza que se ele ver quebra também, não quero arriscar quando tiver fora. Ele tirou minha tranca da porta, então ele pode entrar e sair de lá quando quiser.

- Já parou pra pensar em dar um psicólogo pra esse cara? Sei lá só uma ideia.

Jazz falou irônica me tirando uma gargalhada sincera.

- Vai lá dizer isso. Acho mais difícil encontrar um que o queira como paciente... - disse rindo. - Enfim também tá meus acessórios e os cadernos de pintura, eu decidi que se for continuar a tocar ou pintar, talvez... eu pudesse vir pra cá. Se não for atrapalhar eu poder usar o quarto de hóspedes por uns minutinhos.

Johnny Depp: Minha Sweet ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora