C11. Ela não é uma garota casual

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Johnny Depp ON

Sabendo que ela aceitou vir, chegou bem e já estar hospedada, posso começar a pensar em como vou me aproximar dela. Se bem que estou há dias ansioso por esses pensamentos. Foi fácil conseguir a entrada dela para a exposição já que participo como membro da equipe, tanto que até produzo quadros com minha a autoria. Minha maior apreensão foi à confirmação da Annie.

Realmente não sabia se ela iria aceitar. Pois não fazia ideia de como devia ser agenda dela, seus projetos, compromissos e decidindo trazê-la até aqui de uma forma camuflada só porque "eu" quero conhecê-la melhor pessoalmente é meio louco da minha parte, eu sei... sendo um homem da minha idade deveria deixar claro minhas intenções, mas parando para pensar entre várias decisões e ideias que já tive ao longo da minha vida "essa" em particular é até bem normal. Só estou trazendo uma menin... uma mulher para conhecer um pouco do mundo onde parece que ela tem domínio, o mundo artístico.

Sei que é meio louco fazer tudo isso por uma "desconhecida" mais de alguma forma ela não é qualquer pessoa. Vi seus gostos e vi como ela é bem cuidadosa com o que vai mostrar e compartilhar e a cada trabalho ela demonstra sempre querer superar o anterior. Eu ainda não sei o que ela realmente teve no ano passado, deixando dias e semanas sem dar noticias ou até sem ligar pra mim.

Outra coisa que me perturba mais não é de agora, é meio como um lembrete mental de... a Annie não é ela! Nenhuma mulher com qual tenho relacionamento seja de amizade até casuais não se parecem e nem agem como "aquela" agia. Deve ser por isso que não entro em um relacionamento fixo. Talvez encontrar uma versão 2.0 daquela... pessoa e de alguma forma conseguir me prender de novo, esse sim vai ser de fato meu fim. Então preciso tomar cuidado, mesmo sabendo que a maioria das meninas jamais faria algo que aquela... coisa fez e ainda estar fazendo pra mim.

Com ajuda do Charlie meu motorista e segurança, e da Jay uma grande amiga que de vez em quando fazemos parceria no mundo artístico entre outros projetos; aceitou meu pedido de orientar e guiar pela cidade Londrina uma amiga estrangeira que estava começando nesse mundo. É obvio que ela praticamente quis me entrevistar querendo saber mais sobre essa tal garota. Mas me mantive firme e apenas citei o que importava e o que ela precisava saber sobre a minha Annie. A orientei também para que não citasse meu nome em relação a viagem, lógico que isso despertou uma curiosidade mais por algum poder superior Jay não insistiu e apenas confirmou.

Tenho certeza que ela vai se divertir, só pelo Charlie relatando como ela ficou no caminho inteiro deste o aeroporto até o hotel. Além de ficar completamente admirada por toda cidade ainda teimou com ele sobre a janela do carro. Achei hilário pois Charlie não está acostumado em ter pessoas o contrariando, a menos que seja seu chefe, no caso eu. Por ele ser meu segurança seu ar de "sério" tem peso, ainda mais se o mesmo tentar engrossar a voz propositalmente.

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HORAS DEPOIS DO DESEMBARQUE NA MADRUGADA DE SEGUNDA-FEIRA

Annie ON

Acordo com batidas na porta e celular tocando, que confusão. Começo a rolar na cama procurando o bendito e encontro entre as cobertas, atendo me levantando indo em direção ao banheiro me olhar no espelho passar uma água super rápida no rosto para abrir aquela porta também.

- Oi? — digo no telefone com uma voz grave por conta do sono e saiu como se eu estivesse com raiva.

- Srta. Annie?

- Ahh... yes! Sorry. — Força do habito atender em português. E minha voz logo voltou ao normal. Saio do banheiro.

- Estou aqui fora, me chamo Jacksone. — abri a porta a vendo falar no telefone, logo conclui olhando pra mim. — ...E irei te auxiliar e explicar esse tour, como funciona, o passeio por essa cidade e claro, tirar suas dúvidas. Até o dia da grande exposição da Galeria de Arte.

Johnny Depp: Minha Sweet ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora