C38. Covardes

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ABRIL de 2020
07 HORAS da MANHÃ

Duas noites atrás Johnny recebeu uma ligação da sua equipe pedindo para ir à cidade assinar os documentos ainda do processo de Londres e ao que tudo indica ele ainda irá entregar uma carta com sua assinatura oficial se retirando do filme da Warner Bros, aquela famosa aspas Convidado a Se Retirar. Bom será hoje e pra variar sem combinar nada acordamos cedo, o encontrei no corredor na mesma hora e descemos para toma café da amanhã um tempo depois voltamos cada um pro seu quarto. Ele tá bem considerando as circunstâncias não julgo se ele quer ficar sozinho, deixei a porta encostada para caso ele queira alguma coisa.

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[...]

- Onde você tá?

- Aqui. – sua voz saiu abafada e um pouco baixa por causa da distância do cômodo.

- Cheguei o que foi, aconteceu alguma coisa?

Perguntei preocupada pois Johnny havia me chamado umas quatro vezes no pé da escada, assim que ouvi me levantei da poltrona pensando em mil coisas deixando o que estava fazendo e fui o mais rápido; ele estava no quarto dele se vestindo para sair e do nada surgiu gritando meu nome lá embaixo, não imagino o que poderia ter acontecido.

Me aproximei e foi quando ele se virou olhando pra mim com um sorriso.

- Hãm nada não. Queria te ver. – ele disse tranquilo.

- E porquê o desespero Johnny me assustou.

- Que desespero? – franziu o cenho. – Ah não é nada estou com pressa e queria te falar algo antes de ir. Tá vendo? – apontou para sua biblioteca e confirmei. – Pois bem quero que arrume pra mim.

- Como é que é? – levantei uma sobrancelha.

- É isso mesmo, você não é bibliotecária? Então, tem três horas pra arrumar tudo. – olhou no próprio relógio. – Eles são etiquetados então dá pra saber onde cada um fica e se não for pedir muito deixa a chave na porta rsrs.

Ele claramente estava sendo irônico, seu sorriso era irônico e que sorriso lindo, puts me lembrei muito de Mortdecai. Ele tava com roupas pretas, seu grande casaco, até o chapéu deixava seus fios loiros embaixo a mostra... não, volta a realidade. Cruzei os braços engolindo o que eu realmente queria falar. Jura? Achei que te tivesse lhe acontecido algo de ruim.

- Primeiro que eu não sou bibliotecária, a proposta do curso é bem diferente disso.

- Mas não tem a mesma finalidade?

- Eh... – desviei pensando.

- Então está decidido! – ele virou quase saindo mas parou quando o chamei e se aproximou de novo.

- E porque eu faria isso?

- Oras porque eu pedi. – sorriu de lado e pôs o dedo indicador no meu queixo dando um toque. – Faça isso e lhe pagarei pelo trabalho feito simples. – piscou.

Demorei uns segundos pra começar a entender e o olhei sem acreditar.

- Tá falando sério?

- Completamente. Sou um homem de palavras. – eu rir. – Mais você tem a opção de negar simplesmente me deixando te aj...

- Eu topo! – o cortei. – Três horas? É eu do conta.

- Quatro horas, dependendo da minha boa vontade. Agora... pode ir. – ele fez um gesto com as mãos me mandando vazar, me lembrando do Capitão Jack.

Eu só virei achando muita graça daquilo dei as costas e ele logo se aproximou de mim por trás, segurou meu rosto me dando um beijo molhado e gostoso. Claro que eu correspondi. Ficamos ali por uns dois minutos até que ele me soltou do abraço.

Johnny Depp: Minha Sweet ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora