C29. Oi Johnny

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Annie POV.
Durante o percurso antes de saímos do centro da cidade trocamos de carro, com proposito de não sermos seguidos. E o caminho para Vila do Johnny demorou mais alguns minutos.

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02:55 da Tarde. SÁBADO

Passamos rápido de carro por uma área verde cheia de árvores ao redor. Sabe aquela floresta do crepúsculo tendo aquela única estrada asfaltada no meio, era essa paisagem. E é tão lindo mesmo sendo bem sinistro. O clima era gelado, tínhamos fechado todas as janelas com aquecedor ligado, era apenas eu e Charlie no carro sentados na frente. Após ele passar pela entrada da Vila seguindo caminho entre as ruas, me surpreendi com esse lugar, vi que tinha algumas lojas abertas em funcionamento. Parece antiquado, isso é muito legal.

Ao parar em frente a uma mansão, fechei mais o zíper do moletom pelo frio, Charlie pediu para esperar pois iríamos entrar juntos. Pôs minhas malas perto da porta e tomou caminho pelo hall de entrada. De longe era o lugar mais bonito que já vi. Não dava para evitar de olhar pra tudo.

Por fora parecia que tudo ali era feito de pedras. Andamos por uma sala que pra mim era sala de estar, tinha um espaço enorme com uma escada para outro andar e em frente a ela havia um sofá grande no meio (como se estivesse dividido o lugar em dois) além das paredes de vidros dando visão ao outro lado enaltecendo uma piscina. Chique era a palavra. Foi aí que eu ouvi uns acordes desafinados de guitarra do outro cômodo, nos aproximamos e ao chegarmos eu parei na entrada ainda processando tudo.

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NARRADORA ON

Era outra sala de estar, bem menor e mais aconchegante. John estava sentado dedilhando em sua guitarra, todo coberto no rosto, óculos, chapéu e cachecol (o que seria estranho para Annie pois ele está em sua própria casa, mas lembrou-se do seu estilo excêntrico). Assim que os dois discretamente chega a porta Johnny gruniu jogando sua guitarra pra longe (sem intenção de quebrá-la) Charlie andou até a sua frente vendo Ele acender seu cigarro pondo o isqueiro na mesinha da frente.

(Foto-Capa. Acima)

Com cigarro entre os dedos, tirou seu óculos soltando o ar, sentindo a presença do amigo se aproximando enquanto arrumava suas pulseiras no pulso.

- Conseguiu resolver suas coisas? - sua voz era rouca e assim que ergueu o olhar para o homem, por uma força maior seguiu o foco para o seu lado direito, mirando na porta a sua Annie ali quietinha na entrada, parada olhando para o mesmo.

- Resolvi. - Charlie afirmou, ele sabia que Johnny estava em um momento de fragilidade e sabia que ele a queria por perto. Mesmo não confiando 100% na garota resolveu seguir sua razão, não que ela tenha más intenções, mais sempre é bom manter aquela dúvida. Assim como mantinha com todos os outros a sua volta.

Annie deu um passo entrando de fato na sala com as duas mãos na frente do corpo. Johnny piscou algumas vezes e desviou o olhar para o chão seguido do sofá e outros objetos espalhados pela sala revelando uma bagunça ao mesmo tempo que involuntariamente começou sua tentativa de "organizar" mesmo sabendo que seria em vão.

- Não era para estar aqui... - se levantou na intenção de dizer apenas para o seu segurança.

Annie ainda parada engoliu a sensação de choro. Charlie vendo Johnny fechar a garrafa de whisky, pegar a guitarra colocando-a suspensa, apagar o cigarro com o cheiro que dominava o ambiente, ele chegou perto do amigo com a mão no ombro na tentativa de pará-lo de fazer aquilo, não iria mudar nada. Johnny o olhou.

- Meu amigo respira... - o segurança sussurrava. - Ela também sente a sua falta. Tá tudo bem.

Johnny ficou completamente parado sentindo sua respiração pesar. Charlie deu meia volta passando pela garota saindo do cômodo. Fazendo com que os dois se entreolhasse, Annie desviou primeiro sentindo sua lagrima teimosa cair, fungando limpou. Ele podia ler a tristeza no rosto dela. Era a mesma que viu em seus dois últimos vídeos, e se culpou completamente por isso (sem saber da história que rolou por trás) Johnny ignorou seus controles deixando seu corpo guiar em direção a menina jogando-se em um abraço apertado.

Johnny Depp: Minha Sweet ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora