C18. O presente

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Um jantar... claro porque não? Só de sentir aquele cheiro de comida brasileira não pude resisti, minha fome ansiava aquele prato. Gosto de pensar que ele fez isso sozinho e sabe bastante sobre a culinária brasileira mais conhecendo a peça tinha a mão e talvez o braço inteiro do Charlie aqui, certeza. Não ligo é pra mim, e só pra mim. Levantei em direção ao quarto para guardar a carta na mala, óbvio que a levarei comigo e me vesti rápido para comer.

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[...]

Já havia finalizado o jantar e terminei de me arrumar no banheiro, pus um vestido básico preto e uma blusinha rosa por dentro para cobrir o decote. Não recebi nenhuma mensagem durante esse tempo, será que ele dormiu? Bom, sim ou não eu vou até lá para dizer que está tudo bem e que no fundo eu amei o passeio. Abri a porta do corredor, decidindo não levar o celular, na verdade não tô levando nada só a minha cara e a coragem mesmo. Entrei no elevador e como ele havia dito que era o último andar cliquei no último botão.

Na chegada achei que iria ter que procurar pelo número da porta dele mais não precisou porque de todo o espaço do corredor aquele era o único quarto do andar. Que privado, muito chique. Vi que tinha câmera em toda parte, andei até lá e dei uns toques na porta. E uns quinze segundos depois ele abre todo bonito com aquele look preto cheio de anéis e um gorro discreto.

Ele fez um aceno com a cabeça me indicando para entrar.

- Olá... vem, entra.

Passei confirmando não acreditando naquele cômodo enorme e era só a sala. Ele fechou a porta passando por mim e percebi que estava cheiroso. Havia uns resquícios de fumaça no ar porém não tão forte já que a porta da sacada estava completamente aberta. Não pude deixar de andar alguns passos até lá, dava para ver o London Eye daqui, todo brilhante iluminado, algumas estrelas se formavam no céu no meio daquelas nuvens ainda alaranjadas.

Com sua chegada por trás senti seu ar quente na minha orelha e sem pensar muito repousei minha cabeça no peitoral dele. Johnny ergueu seus braços passando em volta de mim firmando um abraço, ambos de frente aquela paisagem fechei meus olhos suspirando e virei um pouco o rosto sentindo a pele do seu pescoço na minha face e nariz.

Me lembrei do que ele havia dito mais cedo sobre o tempo do céu, que não deveria ser nublado porque não combina e é feio. Acenei direcionando e disse.

- Eu acho bonito! - sussurrei e dessa vez ele se arrepiou, ou melhor a área do seu pescoço se arrepiou.

- Você jantou? - virou de lado olhando um pouco pra mim que mantinha a mesma posição. - Comeu direitinho?

- Hm hum.

- Tudo mesmo? - olhei pra ele estranhando e o próprio se justificou. - Você não se alimentou direito hoje. Não pode ficar sem comer, não quero que passe mal.

Falávamos em um tom baixo mesmo cientes que estávamos sozinhos.

- Eu tô bem. - Ele acariciava meu queixo com polegar.

Eu o olhava piscando algumas vezes em quando ele intercalava seu olhar entre meus olhos e minha boca. Até sentir seus dedos puxando meu queixo devagarinho e tocar meu nariz no dele. Ele passava seu rosto no meu sem pressa e eu de olhos fechados senti sua grande mão segurar meu queixo e me puxar para um beijo.

Um beijo calmo, bem molhado, muito lento e forte. Parecia que ele queria muito aquilo mais não tinha pressa. Só parecia mesmo porque logo senti sua outra mão passar pela minha cintura indo até as costas e logo descendo até "lá"... Desviei da boca dele (como se quisesse parar) e ele foi direto ao meu pescoço parando sua mão quase encima da minha bunda.

Johnny Depp: Minha Sweet ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora