32. Eu vou esperar você pedir

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POV Ana Carla


Ok.

Fiquei surpresa por ser Laura,a governanta, a abrir a porta para mim.

- Ele está te esperando no escritório.- ela disse me indicando a porta em baixo da escada.

Caminhei a passos largos e dei duas batidas na porta.

- Entre.

Lá estava ele.

Todo trabalhado na sua melhor pose de "CEO".

Usando uma camisa social azul, o cabelo bagunçado como se tivesse acabado de sair de uma transa deliciosa, sentado atrás de uma mesa de mogno, numa cadeira grande de couro preto.

- Oi.- falei me sentindo vestida simples demais para estar ali. Ele ia mesmo tratar aquilo como uma entrevista? Talvez Agatha estivesse certa em colocar o vestido.

Robert ergueu os olhos para mim e sorriu.

Filho da mãe.

- Boa tarde, Ana. Você pode se sentar aqui, por favor.

Resisti a vontade de rolar os olhos.

Ele pensava que me enganava? Acho que sim.

- Então?- perguntei cruzando os braços.

Robert colocou algumas folhas a minha frente.

Era um contrato pelo  o que pude ver ao olhar.

- Eu pensei em uma forma de ficar bom para você e para mim- ele disse apontando  o dedo longo sobre valor em negrito.- O que você acha?

- Eu acho esse valor absurdo.- falei encarando seu rosto.

Robert recuou, surpreso.

- Ah... bom... eu não sei quanto custa uma professora na sua categoria mas eu posso aumentar...

- Aumentar?- ele estava louco?- Robert esse valor é absurdo por ser três vezes mais do que eu receberia em qualquer escola do mundo.

Robert relaxou ao entender ao que eu me referia.

- Não é absurdo. É um preço simbólico pelo seu trabalho. Você esta de acordo?

Não, eu não estava, mas ele não ia recuar,então eu apenas assenti.

Ele sorriu, satisfeito.

- De segunda a sexta, da 13h as 18h?

- Ótimo, você quer que eu acompanhe ela nas terapias?- perguntei.

- Não será necessário, leia o contrato, por favor.

Li e reli,  estava tudo ok, então assinamos.

Ao soltar a caneta eu olhei para ele.

- Confesso que estou surpresa.- falei entregando a ele o contrato.

Robert deu um meio sorriso,colocando o contrato em uma pasta com a etiqueta "contador ".

- Por que?

Dei de ombros discretamente.

- Eu não esperava que você estivesse no seu modo " Empresário serio".

Agora ele riu alto.

- Acho que te entendo- disse ao me ver erguer uma sobrancelha.- Confesso que também estou surpreso comigo mesmo, mas eu tomei uma decisão importante.

- Que decisão?

Ele se inclinou sobre a mesa, eentrelaçandoas mãos e baixando o olhar.

Meu coração bateu forte no peito, mas eu ignorei a sensação.

Não desviei meus olhos dos seus.

Robert sorriu devagar enquanto falava.

- Eu decidi que só vou te tocar quando você me pedir.- disse baixo.

Eu ri.

Nossa, eu ri muito.

Ri tanto que Robert perdeu a pose de sedutor.

- Porra,Ana.- reclamou da minha falta de tato.

Foi a minha vez de me inclinar sobre a mesa.

- Sabe Robert além de conhecer você muito bem fui eu que ensinei a nossa filha a gostar de romances.- falei vendo um brilho diferente surgir em seus olhos.- Esse planinho de vocês não vai funcionar.

- Diz de novo?

- O que? Que esse plano típico de livro de romance não vai funcionar?

- Não. Diz de novo. Você falou "Nossa filha".- ele repetiu com a voz embargada.- Por favor,diz.

Ele estava mesmo emocionado as duas palavras que saíram num impulso da minha boca.

Suspirei.

- Não seja bobo.

Rápido demais ele deu a volta na mesa, puxando minha cadeira e me fazendo ficar presa entre o móvel e ele. Me assustei.

- Não estou sendo bobo. Diz, Por favor.

Ali, praticamente com ele ajoelhado a minha frente, eu disse:

- Nossa filha.- sussurrei sendo surpreendida com suas mãos no meu rosto e sua boca na minha.

Apoiei minhas mãos nos braços da cadeira tentando me equilibrar pois ele não foi delicado.

Sua língua forçou entrada na minha boca e foi o que bastou para que eu perdesse o rumo do que estava fazendo ali.

A lembrança, a memória da sua língua deslizando por meu corpo me atingiu como um soco e eu arfei em seus lábios.

Robert se afastou apenas por três segundos para me puxar pelos ombros e me colocar de pé junto dele.

Minha bolsa foi ao chão assim como logo em seguida minha camisa social.

Ele puxou meu cabelo para o lado e e passou a boca pelo meu rosto chegando no meu pescoço.

- Eu não pedi para você me tocar.- falei resfolegando.

Ele mordeu meu ombro esquerdo.

- Quer que eu pare?- perguntou puxando meu cabelo para olhar em meus olhos.

Os seus olhos, aquele mar azul estava tempestuoso. Pesado. Carregado.

Refletindo minha própria essência.

- Quero.- falei pesarosa.

- Mentira.- ele rebateu voltando a me beijar.

Óbvio que era mentira.

Gemi quando senti seus dentes puxar minha boca em sua direção.

- Rob...- era surreal o que um beijo podia fazer comigo, suas mãos deslizaram pelas minhas costas, abrindo o fecho do meu sutiã e então eu perdi as forças.- Me fode com força vai.

Se foi um grunhido ou um rosado eu não sei, apenas sei que no minuto seguinte ele já tinha nos livrado da roupa que tinha sobrado e me colocado com os seios colados na mesa, totalmente exposta e debruçada sobre seus papéis enquanto ele metia de um jeito rude e delicioso.

Eu até poderia me arrepender, mas naquele momento eu só conseguia pensar na contração forte que crescia dentro de mim enquanto ele puxava meu cabelo e gemia meu nome baixinho.





ElisaMesquita0
lara2007santos
umalufanazinha

ROBERT PATTINSON | A MINHA MELHOR AMIGAOnde histórias criam vida. Descubra agora