ೃ 𝗟𝗫𝗫𝗫𝗜𝗫. CAPITULO NOVENTA💀 。゚

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"A morte do deus Pã"

Percy apresentou rapidamente Rachel a Tyson e Grover, pois eles não a conheciam. Tyson disse a ela que era bonita e eu o olhei

— Então você diz isso para todas? —Perguntei com a sobrancelha erguida

O ciclope não conseguiu me responder

— Bem — Percy disse, evitando qualquer discussão —, venha, Grover. Apoie-se em mim.

Annabeth e Percy o ajudaram a se erguer, e juntos atravessamos o rio subterrâneo. A corrente era forte. A água chegava até nossa cintura.

Percy tinha a magnífica habilidade permanecer seco mesmo ao estar dentro de um rio. O que era muito injusto com o restante de nós que nos molhávamos e passávamos frio

— Creio que estamos nas Cavernas Carlsbad — disse Annabeth, rangendo os dentes. — Talvez uma parte inexplorada.

— Como você sabe?

— Carlsbad fica no Novo México — ela respondeu. — Isso explicaria o último inverno.

O desmaio de Grover acontecera quando passávamos pelo Novo México. Lá ele se sentira mais perto do poder de Pã.

Saímos da água e continuamos andando. A medida que os pilares de cristal se avultavam, comecei a sentir o poder que emanava do salão ao lado.

Eu estivera na presença de deuses antes milhares de vezes, mas ali era diferente. Minha pele formigava com energia viva. Meu cansaço se dissipou, como se eu acabasse de acordar de uma boa noite de sono.

Eu podia sentir que estava ficando mais forte, como uma daquelas plantas nos vídeos em câmera lenta. E o aroma que vinha da caverna não era nada parecido com a umidade abafada do subterrâneo. Cheirava a árvores, a flores e a um dia quente de verão.

Grover choramingava de excitação. Eu estava atônito demais para falar. Até mesmo Nico parecia sem palavras. Entramos na caverna, e Rachel disse:

— Ah, uau.

As paredes cintilavam com cristais — vermelhos, verdes e azuis. Naquela estranha luz, cresciam lindas plantas — orquídeas gigantes, flores em formato de estrela, trepadeiras repletas de frutinhas laranja e púrpura que se
insinuavam entre os cristais. O chão da caverna era coberto por um musgo verde e macio. O pé-direito era mais alto do que o de uma catedral, faiscando como uma galáxia de estrelas. No centro do salão havia uma cama em estilo romano, de madeira dourada, no formato de um U bem arredondado, cheia de almofadas de veludo.

Alguns animais perambulavam em torno dela — mas eram animais que não deveriam estar vivos. Havia um dodô, um outro que parecia um cruzamento entre um lobo e um tigre, um imenso roedor — que poderia ser a mãe de todos os porquinhos-da-índia, vulgo Percy Jackson — e, vagando atrás da cama, colhendo frutinhas com a tromba, via-se um mamute peludo.

Deitado na cama estava um sátiro idoso. Ele observava nossa aproximação com olhos tão azuis quanto o céu. Seu cabelo encaracolado era branco, assim como a barba pontuda; os chifres eram enormes, de um marrom lustroso, e curvos. Seria impossível para ele escondê-los debaixo de um chapéu como Grover fazia. De seu pescoço pendia um conjunto de flautas de bambu.

Grover pôs-se de joelhos diante da cama.

— Senhor Pã!

O deus sorriu bondosamente, mas havia tristeza em seus olhos.

— Grover, meu querido e bravo sátiro. Espero você há muito tempo.

— Eu... me perdi — desculpou-se Grover.

DARK SOUL ↬ percy jackson e os olimpianosOnde histórias criam vida. Descubra agora