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✧ . . . ."Nico liberta o espírito de Dédalo"
Havia fumaça subindo de suas roupas pretas. Seus dedos estavam cerrados, e a grama em torno de seu corpo estava amarela, morta. Virei-o o mais delicadamente que pude e pus a mão em seu peito. O coração batia debilmente.
— Tragam néctar! — gritou Percy.
— Não, esperem! — Eu falei — Ele só precisa de sombras
Respirei fundo e deixei minhas sombras saírem de minhas mãos e irem direto para o peito de Nico, que abriu os olhos rapidamente em confusão
— Todos os filhos de Hades tem sombras dentro de si, só que alguns não as controlam — Expliquei para ambos dando de ombros — O que aconteceu? — perguntei. — Você consegue falar?
Ele assentiu.
— Nunca tentei convocar tantos antes. Eu... eu vou ficar bem.
Nós o ajudamos a se sentar. Ele piscou, olhando para todos como se estivesse tentando se lembrar de quem éramos, e então seus olhos focalizaram alguém atrás de mim.
— Dédalo — falou em voz baixa.
— Sim, meu garoto — disse o inventor. — Cometi um erro muito grave. Vim para corrigi-lo.
Dédalo tinha alguns arranhões que sangravam óleo dourado, mas parecia em melhor condição do que a maioria de nós. Aparentemente, seu corpo de autômato curava-se sozinho e com rapidez.
A Sra. O'Leary estava atrás dele, lambendo os ferimentos na cabeça do dono e deixando o cabelo dele em pé, com um aspecto engraçado. Briareu estava perto, cercado por um grupo de campistas e sátiros assombrados. Ele parecia meio tímido, mas distribuía autógrafos em armaduras, escudos e camisetas.
— Encontrei o centímano quando vinha pelo Labirinto — explicou Dédalo. — Parece que ele tinha a mesma ideia, queria vir ajudar, mas estava perdido. Então viemos juntos. Ambos viemos reparar um erro.
— Sim! — Tyson pulava. — Briareu! Eu sabia que você viria!
— Eu não sabia — disse o centímano. — Mas você me lembrou de quem eu sou, ciclope. Você é o herói.
Tyson corou, e eu sorri para ele.
— Sei disso há muito tempo — Percy disse. — Mas, Dédalo... o exército do titã ainda está lá embaixo. Mesmo sem o fio, eles voltarão. Vão encontrar um caminho, mais cedo ou mais tarde, com Cronos na liderança.
Dédalo embainhou a espada.
— Você está certo. Enquanto houver o Labirinto, seus inimigos poderão usá-lo. Motivo pelo qual o Labirinto não pode continuar existindo.
Annabeth o fitou.
— Mas você disse que o Labirinto está ligado à sua força vita! Enquanto você estiver vivo...
— Sim, minha jovem arquiteta — concordou Dédalo. — Quando eu morrer, o Labirinto também morrerá. Então, tenho um presente para você.
Ele tirou uma sacola de couro que estava pendurada nas costas, abriu-a e pegou ali um lustroso laptop prata. Na parte de cima via-se uma letra ∆ azul.
— Meu trabalho está aqui — ele disse. — Foi tudo que consegui salvar do incêndio. Anotações sobre projetos que nunca comecei. Alguns de meus esboços favoritos. Não consegui desenvolvê-los ao longo dos dois últimos milênios. Não ousei revelar minha obra ao mundo mortal. No entanto, talvez você a considere interessante.
Ele entregou o computador a Annabeth, que o olhou como se tivesse ouro nas mãos.
— Está dando para mim? Mas isto não tem preço. Vale... eu nem sei quanto!
— Uma pequena compensação pela maneira como agi — afirmou Dédalo. — Você tinha razão, Annabeth, sobre os filhos de Atena. Devemos ser sábios, e eu não fui. Um dia você será uma arquiteta muito melhor do que eu fui. Pegue minhas idéias e as aperfeiçoe. É o mínimo que posso fazer antes de morrer.
— Peraí — Percy disse. — Morrer? Mas você não pode se matar. Isso não está certo!
Ele sacudiu a cabeça.
— É mais certo que me esconder de meus crimes por dois mil anos. A genialidade não é desculpa para o mal, Percy. Minha hora chegou. Preciso enfrentar minha punição.
— Você não terá um julgamento justo — disse Annabeth. — O espírito de Minos agora é um juiz...
— Vou aceitar o que vier — ele replicou. — E confiar na justiça do Mundo Inferior, tal como ela é. Isso é tudo que podemos fazer, não é mesmo? — Ele encarou Nico cujo rosto tornou-se sombrio e olhou para mim
— Sim — concordamos em conjunto e nos olhamos
— Você aceita minha alma como resgate, então? — perguntou Dédalo. — Pode usá-la em troca da de sua irmã.
— Não — disse Nico. — Vou ajudá-lo a libertar seu espírito. Mas Bianca morreu. Deve ficar onde está.
Dédalo assentiu.
— Muito bem, filho de Hades. Está se tornando sábio. — Eu sorri minimamente para o meu irmão pelo seu pensamento. Em seguida se voltou para Percy. — Um último favor, Percy Jackson. Não posso deixar a sra. O'Leary sozinha. E ela não tem desejo de voltar para o Mundo Inferior. Você pode cuidar dela?
— Sim. Claro que posso.
Como ele iria cuidar de um cão infernal em um apartamento minúsculo? Bem, não faço ideia
— Então estou pronto para ver meu filho... e Perdiz — ele disse. — Preciso lhes pedir perdão.
— É... boa sorte com isso — Eu murmurei — Nico, faça as honras
Nico olhou-me e concordou, pegando sua espada.
— Sua hora passou há muito. Liberte-se e descanse.
Um sorriso de alívio abriu-se no rosto de Dédalo, que se tornou imóvel como uma estátua. Sua pele ficou transparente, revelando as engrenagens e os mecanismos de bronze que giravam dentro de seu corpo. Então, a estátua se transformou em cinzas e se desintegrou.
A Sra. O'Leary uivou. Percy afagou-lhe a cabeça, fazendo o melhor que podia para consolá-la. A terra ribombou — um terremoto que provavelmente pôde ser sentido em todas as principais
cidades do país — quando o antigo Labirinto ruiu. Em algum lugar, eu esperava, os restos da força de ataque do titã haviam sido enterrados.Olhei a carnificina na clareira, e os rostos cansados de meus amigos.
— Venham — eu os chamei. — Ainda temos muito trabalho a fazer.
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Já tenho mais um capitulo e meio pronto para publicar!! Quero finalizar o livro logooooooooooO que estão achando? Digam pra titia aqui
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DARK SOUL ↬ percy jackson e os olimpianos
Fanfiction𝗔𝗟𝗠𝗔 𝗘𝗦𝗖𝗨𝗥𝗔 | 'Eu tenho algo dentro de mim, Percy. E não é algo bom' 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗢̂𝗠𝗘𝗗𝗔 𝗛𝗔𝗗𝗗𝗢𝗖𝗞 não se lembrava de seu passado. Apareceu misteriosamente no Acampamento Meio-sangue e embora nunca tenha sido reclamada por seu pai, e...