Detetive Potter

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James

Eu estava sonhando com ela. De novo! É, eu sei. Sonhar com ela é constrangedor, principalmente quando eu tinha os marotos no quarto dizendo que eu falo o nome dela dormindo, mas ser acordado por ela, no meu quarto, após uma lua cheia... Aquilo tinha sido apavorante.

Será que eu estava bonito dormindo? Será que eu babei? Aposto que eu estava fedendo depois de correr a noite inteira atrás de um lobisomem que estava querendo matar um coelho. E antes que alguém pergunte, ele matou e Sirius e eu tivemos que esconder o cadáver.

Ela estava toda torta na mesa dela com um livro de romance trouxa aos seus pés. Eu tive que colocá-la no sofá. Eu colocaria na cama, mas não tenho certeza se posso entrar no quarto dela. Eu diria que não. Então só a coloquei no sofá, na melhor posição possível e quando eu estava subindo as escadas, a olhei de novo. Ela parecia com frio.

Eu tinha que fazer algo. Minha jaqueta de quadribol não faria falta, então tirei e joguei em cima dela e desmaiei na minha cama minutos depois.

Como já disse, acordei com ela me chamando. Corremos para a aula e ser monitor tem suas vantagens. Não peguei detenção.

O resto do dia foi tranquilo. Eu dormia em todas as aulas chatas e ficava atento nas que precisava, como poções. Afinal, não queria nada perigoso como, poção do amor, explodindo na minha cara. Ou transfiguração, pois Minie me mataria.

— Sua namorada está me observando demais hoje. Eu prometo não fazer nada com ela, Prongs. Em nome da nossa amizade. — Sirius brincou enquanto saímos da última aula.

Olhei para ela, que conversava com Frank e nos olhava de tempos em tempos.

— Acha que ela desconfia de algo? — Perguntei receoso. Tenho quase certeza que ela desconfia de algo.

— Sobre o problema peludo? — Sirius pareceu pensar no assunto e coçou o queixo. — Você deveria sondar o terreno. Se ela souber de algo, vai ser fácil descobrir o resto.

A observei mais uma vez, rindo com Frank e me olhando.

— Eu acho que ela sabe sobre ele. — Deduzi.

Ela é inteligente demais para não saber.

— Então oficialize logo esse namoro e conte a verdade, pois ela vai descobrir, cedo ou tarde. — Ele me aconselhou e eu suspirei derrotado.

Como se fosse fácil assim!

— Eu estou tentando isso há dois anos. — Resmunguei e ele olhou para ela e depois deu de ombros.

— Se ofereça para ela ver sua tatuagem. Aposto que vocês vão acabar essa conversa aos beijos. — Ele brincou malicioso e eu ri.

— Vem! Vamos ver Moony na enfermaria. — Eu pedi ainda rindo.

Remus parecia bem, considerando tudo. Tinha uma cicatriz nova na perna que ele estava se lamentando, mas não parecia nada de mais e nem era grande coisa.

Peter havia ido o visitar enquanto estávamos na aula e já havia saído e voltado para a torre. Não demoramos muito por lá, mas ver Lily entrando na enfermaria quando estávamos saindo ativou meu radar.

— Perdida? — Perguntei chamando sua atenção quando ela não me viu.

— Vim fazer o mesmo que você. — Ela afirmou despreocupada, mas ao ver minha expressão, se explicou. — Ver Remus.

— Vamos, Prongs? — Sirius pediu.

— Ainda não consegui vê-lo. Pompy estava o examinando. — Menti descaradamente. — Se importa se eu te acompanhar?

Aulas de reforçoOnde histórias criam vida. Descubra agora