XI - California Nights Parte II

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Chrissy deitou o rosto nas próprias pernas, apoiou a testa nos joelhos e suspirou pesado de novo, só querendo que a maldita tontura da bebida passe, só querendo que um maldito táxi passe

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Chrissy deitou o rosto nas próprias pernas, apoiou a testa nos joelhos e suspirou pesado de novo, só querendo que a maldita tontura da bebida passe, só querendo que um maldito táxi passe. Com ódio de si mesma por ter vindo pra essa maldita festa, com ódio de si mesma por não ter conseguido esquecer Eddie Munson ao ponto de ter vindo parar na maldita Los Angeles depois de 10 anos sem vê-lo.

Perdeu a noção do tempo e de quantos minutos ficou com a cabeça abaixada, mas a felicidade e o alívio voltaram quando ela ouviu o barulho de um motor de carro.

UM TÁXI! FINALMENTE UM TÁXI!! Finalmente vai voltar pro hotel, dormir, esquecer tudo isso e amanhã cedo ir pro aeroporto.

Ela levantou a cabeça.

O sorriso fechou.

Não foi um carro amarelo que parou.

Não é um táxi.

É um carro vermelho.

Um conversível vermelho.

- Entra logo - Eddie Munson abriu a porta do passageiro.

Ela paralisou. Boquiaberta, com a cabeça levantada, fitou ele dentro do maldito conversível vermelho. Eddie está com o maxilar cerrado e com o rosto fixo olhando para frente, a mão cheia de anéis e com uma pulseira no pulso está apoiada na lataria do carro. Ele tá com a típica expressão emburrada de novo no rosto e não aquele olhar suave que a deu nos 20 minutos da noite em que não foi um babaca.

Ele suspirou, impaciente, olhou de relance pra porta aberta e Chrissy ainda sentada na calçada, ignorando ele.

Ela parou de olhar, também virou o pescoço na direção contrária, franziu os olhos, a única coisa que ilumina a estrada escura é a luz do carro dele.

- Entra, Chrissy - ele repetiu depois de quase um minuto dos dois bufando pelo nariz de impaciência - Eu te deixo no seu hotel.

- Não - ela o ignorou - Por que você não me deixa em paz, huh? Quer tanto que eu vá embora, mas caramba, você continua aparecendo - gritou, raivosa, colocando tudo pra fora, e a bebida só ajuda - Não tenho paciência pra lidar com a sua bipolaridade insuportável de babaca egocêntrico - pensou em vários insultos de uma vez só, ainda com raiva da mudança de humor repentina dele, mas está bêbada, não consegue formular uma frase direito.

Eddie fechou os olhos, suspirou, apertou o volante.

- Entra logo, Chrissy. Não vai passar táxi nenhum essa hora - outro suspiro.

Chrissy revirou os olhos e emburrou o rosto - Não, obrigada, prefiro morrer aqui esperando um táxi ou caminhar tudo isso do que entrar num carro com você - virou o rosto na direção contrária, se recusando a olhar pra ele e pro maldito carro dele.

- É, e vai morrer mesmo esperando um táxi - suspirou fundo, apertou mais o volante - Os táxis não sobem aqui - nas colinas dos milionários ricos porque obviamente todos tem carro.

Never Be the Same - Eddie Munson | finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora