XXXV - Oh, home, let me come home

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Sexta-feira - Nova York, Residência dos Carver

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Sexta-feira - Nova York, Residência dos Carver

Chrissy virou a cadeira ao contrário, virou os pés de madeira para o vidro, olhou para a altura da janela, é muito alto, respirou fundo, não importa...ela não vai desistir. Usou todo o resto de força que não tem e bateu com força a madeira pontiaguda na janela, uma, duas, três vezes, usando todo o resto de força desesperada que ainda tem, sentindo as lágrimas de desespero pingarem ainda mais.

Não vai desistir. Nunca, não vai desistir nunca de fugir de Laura. Nem que passe o resto da vida tentando. Vai tentar até o último fôlego.

Bateu de novo. De novo. De novo.

Bate com toda a força do mundo, ignorando as lágrimas de dor caindo.

Bateu a cadeira no vidro até machucar as mãos finas com as farpas da madeira tamanha força que segura a cadeira, tentando quebrar a maldita janela.

De novo.

Tem 7 minutos até o relógio marcar 17:00. 

6 minutos.

O vidro rachou um pouco. Só um pouco. Mas já é um começo.

De novo.

4 minutos.

De novo.

3 minutos.

O vidro está rachado, trincado, mas não quebra por nada no mundo. 

De novo.

De novo.

1 minuto.

De novo...

O desespero chegou com força, ela não aguentou, com o coração disparado e desesperado, os olhos embaçados pelas lágrimas, Chrissy soltou a cadeira, olhou para as mãos vermelhas e ardendo cheias de farpas de madeira, e sem pensar, quando viu que o relógio já marca cinco da tarde, ela respirou fundo, mordeu a boca para esconder o próprio grito de dor e usou a mão frágil para dar um soco na janela de vidro.

Sentiu o gosto de sangue na boca com a força que mordeu a boca, mas nem isso foi capaz de esconder o grito.

A janela não quebrou, a única coisa que partiu em pedaços foi o coração dela ao ouvir o barulho de chaves vindo do corredor. 

É o fim.

17:03, o relógio já marca 17:03 da tarde. 

Entrou em desespero quando viu o vermelho no carpete de madeira...está vindo dela...cortou a mão com o soco desajeitado que deu na janela, sente o ardor de um caco de vidro dentro da própria mão...puxou com força, soltou outro grito quando viu as gotas vermelhas pingarem no chão, no vestido...em todo lugar...e mesmo numa situação dessas, tão traumatizada pela mãe que só conseguiu pensar "Laura vai me matar quando descobrir que eu estraguei o vestido".

Never Be the Same - Eddie Munson | finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora