III - I Don't Recognize You Anymore

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Eddie paralisou, travou, há menos de um metro de Chrissy Cunningham depois de 10 anos sem vê-la, e agora está atrás da cadeira dela

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Eddie paralisou, travou, há menos de um metro de Chrissy Cunningham depois de 10 anos sem vê-la, e agora está atrás da cadeira dela. Vendo os longos cabelos loiros e o decote das costas do vestido preto. Não conseguiu dar nem um passo, nem chamar ela, nem tocar nela, respirando tão fundo e tão nervoso que começou a suar frio.

Eddie não precisou dar mais nenhum passo porque em mais uma olhada para o relógio, Chrissy cansou de esperar, levantou da cadeira decidida a ir embora, mas na hora que virou, ela também paralisou com o susto.

Eddie Munson de frente pra ela, menos de um metro separam os dois, pela primeira vez em 10 anos.

E dessa vez foi a taça de champagne que caiu no chão num estrondo, chamando a atenção de todos ali e molhando as botas dos dois.

Ela ficou sem ar, está tremendo, a boca vermelha abriu, os olhos sem piscar, com o susto, a surpresa de ver ele tão perto, mas tão perto que consegue sentir o cheiro do perfume dele, tão perto que a respiração agitada dos dois peitos subindo e descendo freneticamente estão quase se encostando. O peito dela, coberto por um vestido preto, quase encostando no peito dele, coberto por uma camisa preta de botões. O calor ficou forte. A falta de ar também. E por um longo minuto ninguém falou nada.

Como se não existisse mais ninguém naquele bar. Só os dois. Tão parecidos, mas tão diferentes depois de 10 anos.

Nenhum dos dois piscou, as memórias de 10 anos atrás os invadindo e acelerando o coração desesperado no peito. Memórias felizes que não trazem mais felicidade, pra ela traz tristeza e pra ele traz raiva.

Chrissy foi a primeira a piscar, a primeira a subir e descer os olhos e analisar ele de perto. Eddie parece ainda mais alto e forte do que ela lembrava, mesmo com uma bota de salto alto ela ainda bate na altura da tatuagem que ele tem no peito e ela consegue ver porque a camisa preta de botões tá quase toda aberta. Antes ele a deixava calma, mas agora ela se sente trêmula e nervosa perto dele, intimidada com toda a pose dele, com a energia poderosa que ele emana.

Tão vermelha e tonta que acha que vai desmaiar se não sentar nos próximos dois minutos.

Mas ela não se moveu, não consegue se mexer, é como se o corpo não respondesse ao cérebro. Continuou respirando perto dele, os dois frente a frente sem dizer nada, só os peitos subindo e descendo com a força que estão respirando.

Ela subiu e desceu os olhos, olhou pra calça de couro que ele tá usando, as botas de caubói molhadas pelo champagne que ela derrubou, a jaqueta de couro preta por cima da camisa preta de botões mal fechada que mostra o peito dele e o começo da pele do estômago. Ele tem mais tatuagens, cortou as pontas dos cabelos que continuam longos, mas não tanto quanto há 10 anos atrás. O cheiro do perfume dele é novo, um perfume caro, misturado com cigarro. Agora ele tem pulseiras e correntes de ouro. Anéis caros nos mesmos dedos. Ele ainda tem os dedos cheios de anéis e está segurando um daqueles recipientes de metal que são usados para guardar whiskey.

Never Be the Same - Eddie Munson | finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora