XXXIII - Eu vou te amar...até a última batida do meu maldito coração

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Os Carver sempre foram uma obsessão para Laura Cunningham

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Os Carver sempre foram uma obsessão para Laura Cunningham.

Laura Cunningham nasceu numa cidade pequena com uma síndrome de grandeza que a atormenta desde jovem, e ela sempre quis ter tudo, sempre quis ter o mundo, sempre quis ter a riqueza que ela nunca teve, jurou que sairia daquela maldita cidade, jurou que seria como as amigas ricas, como as mães das amigas ricas, jurou que moraria numa mansão e casaria com Larry Cline Carver, o partido mais cobiçado da escola dela, um Carver...céus, os mais ricos da Indiana, uma família que já carrega um império há anos, e Laura traçou toda a vida dela em prol de conseguir ser uma Carver, até enlouquecer.

Sempre quis ser a mais magra, a mais bonita, a mais rica. E nunca teve nada disso. Sempre foi humilhada por Larry, que se casou com a mais bonita da turma, a mais loira, a mais magra, a perfeita para estar ao lado dele no império dos Caver, a mãe de Jason, e não com Laura...que se casou com um caipira qualquer e definhou de ódio dentro de uma casa pobre, longe de todos os sonhos ambiciosos, e por isso estragou a cabeça das filhas, colocou as frustrações da própria vida fracassada nas filhas.

Sempre usou as filhas como bonecas de Vodu.

É uma narcisista doente que não aceita perder.

Sempre manipulou tudo e todos ao redor para conseguir o que quer, não importa o que tenha que ser feito, é uma pessoa ruim, de sangue frio, que só se importa consigo mesma.

Laura é uma mulher mesquinha, doente, que vive por status, um status ridículo de querer ser maior do que todas as velhas amigas que riem dela por nunca ter conseguido casar com um Carver, por ser a mais pobre, por nunca ter conseguido crescer na vida mesmo com toda a síndrome obsessiva para ser a melhor.

A filha mais velha era a favorita de Laura, porque Elizabeth podia competir com todas as filhas das amigas dela, porque Elizabeth era bonita, alta, magra e namorava o mais popular da turma final dos anos 70, o primo de Jason Carver, porque Elizabeth era a grande chance de Laura finalmente ser uma Carver. Porque Elizabeth causava inveja em todas as amigas de Laura com filhas não tão bonitas quanto Liz. Porque Elizabeth era popular, ganhava todos os concursos de beleza de Hawkins. Elizabeth poderia conseguir tudo que Laura nunca conseguiu e Laura finalmente poderia fazer parte dos Carver, da alta sociedade que só as amigas dela se importam, poderia ganhar a competição com as velhas amigas, poderia se vingar de todos que duvidaram dela.

A verdade é que quando Elizabeth morreu e Laura descobriu que o caminhão dos Carver estava no meio do acidente...ela ficou feliz. O único problema é que só havia sobrado a filha "mais feia" e que precisaria ser extremamente moldada para ser magra e bonita e ter capacidade de conseguir amarrar um Carver, e por fim realizar os sonhos frustrados da mãe doente e narcisista.

(...)

Chrissy abriu os olhos na sexta-feira às 15:02 da tarde, 15 horas depois de desmaiar e ficar completamente inconsciente. Tudo girou. As pálpebras pesaram, a claridade machucou os olhos sensíveis. Ela sente dor. Cada parte do corpo e da cabeça dela doem. Se sente exausta e derrotada, não sabe onde está, não sabe o que está acontecendo, ainda está tentando se situar, é como uma ressaca, tudo pesa, tudo é confuso, tudo é desesperador, principalmente não lembrar de como chegou aqui.

Never Be the Same - Eddie Munson | finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora