Before the Storm - Parte II

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Entraram no carro, Eddie dirigiu rápido pra longe da maldita parte povoada da cidade e respirou aliviado assim que entrou na área vazia, perto da estrada de terra em direção a casa deles

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Entraram no carro, Eddie dirigiu rápido pra longe da maldita parte povoada da cidade e respirou aliviado assim que entrou na área vazia, perto da estrada de terra em direção a casa deles.

Só de pensar na frase "nossa casa", ele sorri de um jeito que não sorria há anos.

Eddie Munson está dirigindo com uma mão no volante e a outra pousada em cima da coxa dela, acariciando a perna macia, como ele fazia há 10 anos atrás, quando ela entrava na van dele.

Parou o carro num sinal vermelho e Chrissy se inclinou para ligar o rádio, mas trocou de rumo quando olhou pela janela.

Ela ofegou alto, sozinha, como se tivesse acabado de ter uma ideia genial.

- Estaciona o carro - Chrissy pediu num grito empolgado que o pegou de surpresa, Eddie se assustou.

- Que? - Eddie perguntou franzindo o cenho, confuso, estão no meio do nada, na verdade numa parte bem perigosa de Los Angeles, que fica nas beiradas das estradas vazias do deserto, só tem arruaceiros e viajantes por aqui.

- É, para o carro - sorriu - Por favor - pediu de novo, fazendo biquinho e ele deu de ombros, não faz ideia do que ela quer, mas ela pede e ele faz. Então, Eddie estacionou o carro do lado de algumas motos paradas em um lugar velho e caindo aos pedaços. Chrissy desceu primeiro, empolgada, ele não faz ideia do que ela quer fazer aqui - Vem comigo, já sei onde a gente vai jantar - ela percebeu que Eddie sente falta de uma vida normal, de sair de casa e não ser reconhecido, de poder fazer coisas sem ser incomodado ou ter um ataque de pânico como há meia hora atrás. Chrissy está com o coração apertado desde a hora que ele falou que só quer ter uma vida normal e sonha em poder entrar num supermercado de novo, fazer coisas simples que qualquer pessoa faz - Vem, vem logo - o puxou com mais força ainda ao ver o olhar receoso no rosto dele.

Assim que Chrissy parou de frente a fachada com uma placa de madeira antiga e um letreiro que não funciona mal piscando "bar", Eddie paralisou. Ficou parado no meio da calçada. Tem pavor de sair em público e entrar em lugares fechados em que ele não vai conseguir fugir se uma multidão de pessoas se formar ao redor dele.

Ela consegue entender Eddie agora, Chrissy também ficou assustada com o que aconteceu quando tentaram entrar naquele restaurante. Ainda é difícil para a mente dela processar que ele atingiu esse nível de fama, porque pra ela, ele nunca vai ser o Eddie Munson famoso e inalcançável, e sim o Eddie dela, aquele que se jogou no chão de uma floresta só para a fazer sorrir.

- Eu tenho certeza absoluta que ninguém vai te reconhecer aqui - ela grudou a mão na dele - Vem - sussurrou baixinho, com uma voz suave, tentando o convencer. Ele respirou fundo três vezes, franziu o cenho, mas finalmente fez que sim com a cabeça. Faz tudo que ela pede. Faz tudo por ela, para a ver sorrir.

Chrissy o puxou até a porta de ferro enferrujada do bar caindo aos pedaços na beira da estrada. Empurraram e entraram.

Ele entrou de cabeça baixa no bar velho e escuro, traumatizado com o que aconteceu há vinte minutos atrás, mas relaxou assim que levantou o rosto e percebeu que está vazio. O lugar parece ter ficado parado no tempo de um filme de velho oeste, tudo é de madeira, escuro, tudo é antigo, as paredes ainda tem aquelas placas de moto e alces empalhados.

Never Be the Same - Eddie Munson | finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora