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— TORI DIAZ —
Silêncio. O clima era estranho. O frio era desconfortável e nenhum de nós dois nos encarávamos.
Meus pés batiam freneticamente no chão daquele parque enquanto Walker tinha as costas encostadas no banco onde estávamos sentados. Lado a lado, mas sem ao menos nos encostar.
É estranho o quanto pessoas podem mudar da noite para o dia. Fomos de estranhos para amigos, amigos para duas pessoas que se amaram intensamente... e estranhos de novo.
— Não vai falar nada? — Questionei com a voz baixa. Ouvi um suspiro.
— Acredite ou não, eu te chamei por livre e espontânea pressão da Luna, Diaz. E porque eu sou um tonto. Eu não tenho a mínima ideia do que dizer ou fazer — ele respondeu.
Franzi o cenho quando o loiro mencionou seu animal de estimação, mas eu não duvidei. Eu mesma tinha um certo medo daquela gata.
Respirei fundo, reunindo coragem e me virando para trás, encarando o garoto que tinha o olhar baixo.
— Você quer uma explicação, não é?
Ele deu de ombros e subiu o olhar, me encarando. Eu estremeci.
— Eu queria que você me desse um fim direito, Tori.
Um nó se formou na minha garganta. Eu me endireitei, ajeitando a postura e pensando no que dizer ou fazer.
Eu definitivamente estava perdida.
— Eu... eu não estava confortável do jeito que nós estávamos, Walker.
Eu não sou muito de conversar... nunca fui. E nunca vou ser boa quando se trata de sentimentos. Mas, quando Walker pareceu genuinamente interessado em saber o que havia de errado, eu falei. Tudo sobre a minha confusão, toda a pressão em cima de mim e como eu me sentia sufocada. Uma explicação e um desabafo ao mesmo tempo.
Por mais que doesse, me fez bem falar aquilo. Fez bem me abrir um pouco.
O garoto não disse nada e me ouviu atentamente até que eu terminasse de falar. Quando eu acabei, ele tinha um misto de surpresa e tristeza no rosto.
— Por que não me disse nada disso? — Ele perguntou. — Era nítido que havia algo errado, mas eu não imaginava que era assim.
— Eu nunca quis dizer, só isso — falei. — Eu tinha medo de, depois de tudo que aconteceu, confiar em você fosse um erro.